Ari Miranda
Única News
Ao menos três carros de luxo e vários maços de dinheiro foram apreendidos na manhã desta terça-feira (13), por agentes da Polícia Federal (PF), durante a 5ª fase da Operação Sisamnes, que investiga uma rede de corrupção no judiciário nacional, envolvendo advogados, desembargadores e membros de dois gabinetes do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Deflagrada no inicio da manhã, a operação cumpriu 11 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, além do sequestro de bens e valores no montante de quase R$ 20 milhões, bem como o recolhimento dos passaportes dos investigados e a proibição dos alvos de saírem do país.
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De acordo com a PF, as ordens de busca e apreensão foram cumpridas nas cidades de Brasília, São Paulo, Cuiabá e no município mato-grossense de Primavera do Leste, a 242 quilômetros da capital de MT. As investigações, no entanto, tiveram início em meados do ano passado, após conversas extraídas por peritos do celular do advogado Roberto Zampieri (56), assassinado com 9 tiros em Cuiabá em 5 de dezembro de 2023.
Entre os alvos da operação em Mato Grosso, o advogado e ex-presidente da OAB de MT, Ussiel Tavares, e uma mulher, apontada como ex-secretária de Zampieri, cuja morte foi o "estopim" da investigação.
Em fotos divulgadas pela Polícia Federal logo após a ação, é possivel ver, em um dos endereços, um saco plástico de cor preta com vários maços grandes repletos de notas de R$ 100, além de um veículo VW T-Cross e dois importados da marca Porsche, modelos Macan e Cayenne, cujos valores giram em torno de R$ 650 mil e R$ 1 milhão, respectivamente.
Por questões internas, a PF não informou em qual das quatro cidades ocorreram as apreensões dos veículos e os maços de dinheiro, tampouco o valor da quantia de dinheiro em espécie apreendida.
(Reprodução/Internet)

O lobista e empresário mato-grossense Andreson Gonçalves.
EMPRESÁRIO DE MT COMANDAVA ESQUEMA
A primeira fase da operação Sisamnes, deflagrada em novembro do ano passado, prendeu o empresário mato-grossense Andreson Gonçalves, conhecido como "o lobista dos tribunais", apontado nas investigações da PF como o operador do esquema, que envolveu advogados, desembargadores e servidores de dois gabinetes da Corte Superior.
Em mensagens obtidas nas investigações, o lobista compartilhava rascunhos de decisões de processos do gabinete em que sua esposa, Mirian Ribeiro, atuava como advogada. Ela também foi alvo de buscas em uma das fases da operação e agora é monitorada por tornozeleira eletrônica.
Até o início de maio deste ano, Andreson estava preso preventivamente na Penitenciária Central do Estado de Mato Grosso (PCE-MT), onde em 20 de fevereiro deste ano, conseguiu na Justiça direito a receber uma dieta especial, com direito a salaminho fatiado, geleia, torradas, frutas secas e bebida isotônica.
Todavia, diante de um possível risco de morte na PCE, o ministro Cristiano Zanin decidiu transferir o lobista no início deste mês para a Penitenciaria Federal de Brasília (PFBRA), onde ele aguardará a conclusão das investigações do caso.
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