10 de Maio de 2025
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POLÍCIA Sábado, 10 de Maio de 2025, 07:55 - A | A

10 de Maio de 2025, 07h:55 - A | A

POLÍCIA / CIUMENTO E ABUSIVO

Mãe de adolescente de 15 anos não aprovava relacionamento com médico: “Era possessivo”

O médico confessou ter sido ele o autor do disparo que atingiu matou Kethelyn, mas alegou ter pensado que a arma estava desmuniciada

Christinny dos Santos
Única News



Luciana de Souza, de 39 anos, mãe de Ketlhyn Vitória de Souza, adolescente de 15 anos morta com um tiro de pistola disparado por seu namorado, o médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, de 29, disse que já havia visto sinais de toxicidade e não concordava com o relacionamento do casal. A dona de casa relatou que ele era ciumento e possessivo com sua filha.

"Os dois começaram a namorar há cinco meses. Ele demonstrava ser um bom rapaz [no início]. Somos de Cachoeira da Serra (PA) e todas às vezes que vim a Guarantã do Norte, encontrava a minha filha. Eles foram juntos ao meu encontro duas vezes, só que alertei a minha filha sobre esse namoro. Ele era muito possessivo com ela”, contou Luciana em entrevista concedida à plataforma Universa, do portal UOL.

Ketlhyn morreu com um disparo de arma de fogo, efetuado na madrugada do dia 3 de maio, sábado. Ela estava com Bruno, seu namorado, que dirigia por Guarantã do Norte, quando o tiro foi disparado. Logo após o crime, o médico teria enviado um áudio ao seu irmão alegando que a adolescente havia tentado tirar a própria vida. Mais tarde, o médico confessou ter sido ele o autor do disparo que atingiu a adolescente, mas alegou ter pensado que a arma estava desmuniciada.

A mãe da adolescente contou que não aprovava o namoro dos dois. Entre os sinais de que a relação não era saudável estavam as inúmeras brigas do casal, que aconteciam até mesmo na frente de outras pessoas.

“Os dois brigavam muito. Isso todo mundo sabia, porque as brigas eram na frente das pessoas. Ele era muito ciumento com ela. Eu nunca aprovei esse relacionamento, nunca apoiei isso, mas ela nunca me escutou”, disse Luciana.

Como que pressentindo o final trágico que a relação viria a ter, a mãe de Ketlhyn chegou a tirar a filha de Mato Grosso, levando-a com ela para a cidade onde morava. “Eu não aprovava esse namoro e cheguei a tirar minha filha da cidade por causa disso. […] Eu cheguei a tirar ela da cidade e levei comigo para o Pará, mas ela voltou pra cá”, lamentou  Luciana.

Histórico de violência

Bruno Felisberto já tinha um medida protetiva em seu desfavor, solicitada por sua ex-companheira. Após sofrer violência, ela recorreu à Justiça para assegurar que seu agressor não mais se aproximasse dela.

Embora não tenha detalhado as atitudes de Bruno, ao decretar a prisão preventiva do médico o juiz, Guilherme Carlos Kotowicz, citou a medida protetiva e o classificou como uma pessoa “contumaz na prática de condutas violentas” dentro de relacionamentos amorosos, demonstrando “padrão de comportamento agressivo”.

A morte

Eram 2h da manhã quando a PM foi acionada no Hospital Nossa Senhora do Rosário. Na unidade, um enfermeiro informou que a vítima foi socorrida pelo namorado, o médico Bruno Felisberto, que chegou abalado, pedindo para que "salvassem a menina dele”, que “não saberia viver sem ela”.

A equipe médica tentou reanimá-la por cerca de 40 minutos, mas ela não resistiu.

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