13 de Maio de 2025
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POLÍCIA Terça-feira, 13 de Maio de 2025, 11:51 - A | A

13 de Maio de 2025, 11h:51 - A | A

POLÍCIA / VOLTOU ATRÁS

Mandante do assassinato de Renato Nery desiste de colaborar e alega "problemas psicológicos"

Euziany Teodoro
Única News



A empresária Julinere Goulart, presa na última sexta-feira (9) junto do marido, Cesar Jorge Sechi, acusados de serem os mandantes do assassinato do advogado Renato Nery, em 5 de julho de 2024, voltou atrás do que disse à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em seu primeiro depoimento e decidiu que não vai mais colaborar com as investigações.

Julinere deveria ter sido ouvida, a fim de trazer informações sobre o caso e confissão, nessa segunda-feira (12). No entanto, ao invés disso, seu advogado surpreendeu a equipe de delegados ao informar que ela manteria silêncio, por supostos "problemas psicológicos".

A informação foi confirmada ao Única News pelo delegado Caio Albuquerquer e pela assessoria da Polícia Judiciária Civil.

"Não haverá o interrogatório da Julinere, em razão de ter alegado problemas psicológicos e que deseja permanecer em silêncio. Essa manifestação contraria toda a manifestação dela, por ocasião de sua prisão, de que colaboraria com as investigações", diz a nota.

MANDANTES

Julinere e o marido, o também empresário Cesar Jorge Sechi, foram presos na última sexta-feira (9), em Primavera do Leste. Eles teriam contratado o sargento Heron Teixeira, prometendo o valor de R$ 200 mil, para atuar como intermediador na morte do jurista.

A motivação do crime seria a disputa de uma terra avaliada em R$ 200 milhões.

Cesar nega envolvimento no crime e, em depoimento prestado na semana passada, optou por permanecer em silêncio. 

A conduta dos dois será apurada em inquérito complementar que foi instaurado pela Delegada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), que também deve investigar mais a fundo a questão envolvendo o pagamento ao intermediador e executor do crime, e a origem da arma utilizada para matar Nery.

O ASSASSINATO

Leia tudo sobre o caso

Renato Gomes Nery foi alvo de pelo menos 10 disparos de arma de fogo na manhã do dia 5 de julho de 2024, uma sexta-feira, no momento em que chegava em seu escritório, no bairro do Areão, em Cuiabá.

Segundo a Polícia Civil, o atirador, que segundo as investigações era Alex Roberto de Queiroz Silva, caseiro de uma chácara do sargento Heron Teixeira, já no local à espera do advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto Honda Titan de cor vermelha, que foi apreendida parcialmente desmontada em uma oficina de Barão de Melgaço (104 km de Cuiabá).

Uma câmera de segurança gravou o momento em que o advogado caminha até a porta do escritório, é atingido pelos disparos e cai no chão, ainda na calçada. No atentado, um dos tiros atingiu a cabeça do jurista, que foi socorrido e encaminhado ao hospital, onde passou por uma cirurgia de urgência. No entanto, não resistiu às complicações e morreu na manhã do dia 6 de julho.

OUTROS PRESOS

Em novembro de 2024, durante a primeira fase da Operação Office Crimes, além de César e Julinere, também foram alvos da primeira fase da operação os advogados Antonio João de Carvalho Junior, Agnaldo Bezerra Bonfim e Gaylussac Dantas de Araujo.

Posteriormente, em abril deste ano, o casal acabou sendo novamente alvos em uma nova fase da operação, em Abril deste ano.

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