Kamila Arruda
Ari Miranda
Única News
O Sargento da Polícia Militar, Heron Teixeira, e o caseiro de sua chácara, Alex Roberto Queiroz, foram indicados pela morte do advogado Renato Nery. Eles vão responder por de homicídio qualificado por promessa de recompensa e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Outros quatro policiais militares - Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira, Leandro Cardoso, Jorge Rodrigo Martins – também foram indiciados em outro inquérito conduzido pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que apurou o confronto entre criminosos e a Polícia Militar, ocorrido na região do Contorno Leste, sete dias após a morte do advogado.
Na ocasião, foi encontrada a arma utilizada no assassinato de Nery. Apesar da ligação entre as ocorrências, as investigações tramitaram de formas distintas, mas simultâneas.
“O liame entre os quatro policiais que foram presos por forjar um confronto e a morte do Renato Nery, o que a gente apurou até o momento, é apenas a arma. Há uma conexão probatória por causa da arma. Não há elementos que os quatro PMs tenham participação na morte do Renato Nery, mas a arma que matou o Renato, cinco dias depois, estava nas mãos de policiais para realizar o confronto. E, para nós, no indiciamento entendemos que houve esse homicídio para jogar a arma no local para assegurar a impunidade do crime anterior”, detalhou o delegado Bruno Abreu, responsável pelos inquéritos que investigam a morte de Nery e também o confronto.
Conduta
Heron confessou sua participação no crime e detalhou a participação dos demais criminosos no homicídio de Renato Nery. O sargento afirma que foi cooptado pelo cabo Jackson Pereira Barbosa, que é vizinho dos mandantes do homicídio - Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart - em um condomínio de luxo em Primavera do Leste.
Após aceitar participar da operação criminosa, Heron tratou de convencer o caseiro de sua chácara, Alex Roberto de Queiroz a executar o crime. A motivação do crime seria disputa de terra avaliada em R$ 200 milhões.
A arma do crime
De acordo com as apurações da DHPP, o policial militar foi o intermediário contratado para fazer o “serviço”. Ele conseguiu a arma de fogo usada no homicídio e foi quem repassou a arma para o caseiro da chácara, que pilotou a motocicleta Honda Fan até o local do crime e efetuou os disparos que mataram o advogado.
“O caseiro ele nega, mas ele foi ouvido antes do Heron. Agora, com a confissão do Heron, atribuindo a ele a responsabilidade, dando vários detalhes, vamos ouvir o Alex de novo para ver o que ele tem a dizer e se ele confirma ou não a autoria”, finalizou o delegado Caio Albuquerque, titular da DHPP.
“As evidências indicam que o intuito era abandonar a arma empregada no homicídio, fazendo com que a situação de confronto se mostrasse real e, com isso, levasse à possível incriminação das pessoas abordadas na ocorrência do suposto confronto registrado no dia 11 de julho”, completou Bruno Abreu.
Com a conclusão do inquérito referente a morte de Renato Nery e indiciamentos dos dois envolvidos, o caseiro e o militar seguem presos preventivamente à disposição da Justiça. Os autos foram encaminhados para o Judiciário e ao Ministério Público Estadual para oferecimento de denúncia.
O homicídio
Renato Nery morreu aos 72 anos, atingido por disparos de arma de fogo, no dia 5 de julho do ano passado (2024), na frente de seu escritório, na capital. A vítima foi socorrida e submetida a uma cirurgia em um hospital privado de Cuiabá, mas morreu horas depois do procedimento médico.
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