Única News
Da Redação
O delegado Bruno Abreu, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), pediu a prorrogação da prisão do caseiro e dos cinco militares presos durante a Operação Office Crime, em 06 de março deste ano, por envolvimento na morte do advogado Renato Nery.
Foram presos preventivamente na operação o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, o soldado Wekcerlley Benevides de Oliveira, o cabo Wailson Alessandro Medeiros Ramos, o 3º Sargento Leandro Cardoso, o 3º Sargento PM Heron Teixeira Pena Vieira e outro militar que não teve a identidade revelada. Os quatro militares estão associados a Heron, que recebeu a missão de executar Nery e terceirizou para seu caseiro.
Prestes a completar 30 dias da prisão dos seis, a DHPP chegou a conclusão de que à ainda a necessidade da continuidade das investigações para que outros detalhes do uso, que segue em segredo de justiça, sejam esclarecidos. Para tanto, foi solicitado a prorrogação da prisão, uma vez que, a liberdade dos custodiados poderia comprometer as apurações da polícia.
O pedido já obteve parecer do Ministério Público e aguarda da Justiça.
Entenda
Renato Gomes Nery foi baleado na manhã do dia 05 de julho de 2024, em frente ao seu escritório, localizado na Av. Fenando Corrêa da Costa, em Cuiabá. Pelo menos um, de sete disparos, atingiu a cabeça do advogado, que chegou a ser socorrido e passar por cirurgia, mas morreu no dia seguinte ao atentado. Desde então, a Polícia Civil já deflagrou ao menos três operações de busca e apreensão contra possíveis envolvidos.
Nesta última, foram cumpridos seis mandados de prisão temporária contra envolvidos no crime: os cinco policiais militares e o executor do crime, Alex Roberto de Queiroz Silva, que trabalha como caseiro para um deles. Foi aprendida também a arma do crime utilizada para executar Renato Nery.
As investigações da Polícia Civil apontam que o 3º Sargento PM Heron recebeu a "missão" de matar Nery e "terceirizou" o crime, contratando seu caseiro Alex para realizar a execução. O mandante do crime, aquele que deu as ordens ao militar, porém, ainda não foi revelado.
A motivação
Dezoito dias antes de ser executado, Nery procurou a OAB e registrou uma denúncia contra Antonio João de Carvalho Junior, colega de profissão e um dos alvos da Operação Office Crime, por um suposto “conluio” envolvendo também outros profissionais. Nesse processo, Renato acusou o colega de se apropriar e negociar uma área de 2.579 hectares, que ele havia recebido como honorários de uma de reintegração de posse de uma terra de 12.413 hectares, localizada no leste do estado.
Nery advogou no caso em 1988 e, desde então, lutava para obter a parte da terra a que tinha direito.
Ao deflagrar a primeira fase da Operação Office Crime, as autoridades confirmaram que a execução foi motivada pela disputa de terras.
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