Ari Miranda
Única News
A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF) de Rondonópolis (218 Km de Cuiabá) concluiu nesta terça-feira (9) o inquérito que investigou o homicídio do sargento da Polícia Militar, Djalma Aparecido da Silva (47), morto com 10 tiros durante uma caminhada, na cidade de Pedra Preta (244 Km de Cuiabá).
Os quatro autores do crime foram indiciados por homicídio qualificado e integração de organização criminosa. A investigação definiu que o assassinato foi cometido por motivo torpe, resultante em perigo comum, com recurso que dificultou a defesa da vítima e praticado contra agente da segurança pública.
Os indiciados foram presos no dia 25 de março, durante a deflagração da Operação “Black Stone”, da Polícia Civil, para cumprimento de 17 mandados judiciais contra os envolvidos no crime.
Os indiciados seguem presos na Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa, a “Mata Grande”, em Rondonópolis e o inquérito policial foi encaminhado ao Poder Judiciário e Ministério Público da Comarca de Pedra Preta, para prosseguimento da persecução penal.
A OPERAÇÃO
Os mandados da Operação “Black Stone” (do inglês “Pedra Preta”) foram cumpridos nas cidades de Pedra Preta, Rondonópolis e Cuiabá, onde Graciel da Silva Muniz (29), um dos alvos da operação, morreu após enfrentar a equipe da Gerência de Operações (GOE) da Polícia Civil.
Os agentes estavam no endereço do investigado, um conjunto de quitinetes no bairro Boa Esperança, próximo ao campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Graciel estava armado com uma pistola, tentou resistir à abordagem policial e morreu no local.
Conforme a Polícia Civil, o criminoso era um dos alvos principais, apontado como um dos executores do sargento da PM no sul do estado.
PRIMEIRA PRISÃO
Na primeira fase investigativa, em 28 de janeiro, a DERF Rondonópolis prendeu Paulo Ricardo da Silva Ferreira, um dos participantes do homicídio. O criminoso teve a prisão temporária decretada pela Vara Única de Pedra Preta, após ser identificado nas investigações como a pessoa responsável pelo veículo usado no crime.
Ao ser preso, o investigado quebrou seu celular, arremessando o aparelho contra o chão.
(Foto: PMMT)
O sargento PM Djalma Aparecido da Silva.
O CRIME
Djalma morreu com 10 disparos de arma de fogo no dia 22 de janeiro de 2023, durante uma caminhada no centro de eventos da cidade. O militar prestava serviço nas cidades de Alto Garças e Alto Taquari, no extremo sul do estado, mas residia com a família em Pedra Preta.
O veículo usado pelos autores do crime, um Renault Sandero, foi encontrado incendiado horas depois, no bairro Morumbi.
A investigação conduzida pela DERF Rondonópolis chegou aos nomes dos responsáveis pelo monitoramento e vigilância da vítima, tanto em Pedra Preta, no dia do crime, quanto no município de Alto Taquari, onde o policial militar também prestava serviço. A Polícia ainda identificou os responsáveis pela execução direta do crime e apoio operacional para a ação criminosa.
A Operação Black Stone contou com apoio das equipes da Delegacia de Pedra Preta, Delegacia Regional de Rondonópolis, Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Gerência de Operações Especiais (GOE) e Diretoria de Inteligência da Polícia Civil.
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