Da Redação
(Foto:divulgação/PJC)
A Polícia Civil deflagra na manhã desta terça-feira (3), a operação "Segregare" e cumpre nove mandados de prisão contra mandantes, executores e envolvidos em ataques à residências de agentes penitenciários e à sede do sindicato da categoria, em Cuiabá, Lucas do Rio Verde, Água Boa e Tangará da Serra.
Foram cumpridos 7 mandados de prisão preventiva, 2 mandados de prisão temporária e 4 mandados de busca e apreensão. Os suspeitos são investigados em crimes de tentativa de homicídio qualificado e organização criminosa. A operação foi coordenado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
Os ataques, entre os meses de março e abril, foram feitos em três casas de agentes penitenciários, na sede do sindicato da categoria e também na Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).
Os alvos da operação são cinco mandantes apontados como lideranças de "alto escalão" de uma facção criminosa. Segundo a Polícia Civil, foram eles que ordenaram os ataques praticados por membros de menor escalão, que estão do lado de fora da cadeia.
Quatro dos líderes estão presos em estabelecimentos prisionais do Estado e serão notificados das ordens dentro das unidades. São eles: João Luiz Baranoski (Lobo-PCE), Ciclenio Lourenço de Araújo (Timpa-PCE), Joabe Pereira Marcondes (G3-Àgua Boa) e Gabriel Antônio Rosa (Tangará da Serra).
O quinto, Paulo César da Silva (Petróleo), é um dos principais chefes da facção que foi solto recentemente. Ele foi preso na cidade de Sorriso, na sexta-feira (29), depois que equipes do GCCO permaneceram em sua vigilância por quatro dias. O suspeito foi transportado, no sábado (30), para Cuiabá em aeronave do CIOPaer e submetido a audiência de custódia, permanecendo preso em uma unidade prisional.
Os demais alvos são: Benedito Diogo da Silva (PCE), Welliton Oliveira Marques, Eduardo da Silva Gonçalves e Telmo de Oliveira Barboza.
Investigação
As investigações iniciaram em março deste ano, após tiros efetuados na noite do dia 22 de março na casa de um agente penitenciário, no bairro Nova Conquista, em Cuiabá. No dia seguinte, às 6h de 23 março, outros disparos foram feitos contra a sede do Sindicato dos Agentes Penitenciários.
Ainda outros disparos em duas casas de agentes ocorreram na madrugada do dia 24 de março, sendo um por volta de 1h30, na região de chácara do bairro Sucuri, na capital, e às 2h30 em uma residência no bairro Vila Arthur, em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá).
(Foto: Luiz Gonzaga Neto)
Os criminosos também são investigados na autoria da explosão de um pedaço do muro da Sesp, ocorrido na madrugada do dia 18 de abril. Imagens de explosivos, armas e mensagens encontradas em celulares apreendidos com os presos, durante revistas realizadas pelo Sistema Penitenciário nas celas, indicam que eles também planejaram e executaram a ação criminosa contra a Sesp.
Todos os celulares apreendidos nas revistas são encaminhados à Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) para análise de conteúdos, que são usados como elementos de prova na investigação.
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