Da redação com G1 MT
A promoção da tenente do Corpo de Bombeiros que atuava como instrutora de salvamento aquático foi suspensa nesta terça-feira (22) após a morte do aluno Rodrigo Claro, de 21 anos. Ela já havia sido afastada do cargo e teve a promoção para capitã, suspensa até a conclusão do inquérito. Rodrigo morreu na terça-feira (15) depois de passar mal em uma aula prática na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, e ficar internado por cinco dias em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
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A família do aluno alega que houve tortura e omissão de socorro por parte do Corpo de Bombeiros. Eles também declararam que Rodrigo revelou ter medo de participar das atividades por ser perseguido pela tenente.
Além da tentente, outras 11 pessoas responsáveis pelo curso foram afastadas do cargo e devem cumprir funções administrativas até a conclusão do inquérito. De acordo com o comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Júlio Cesar Rodrigues, o inquérito policial militar deve ser concluído entre 30 e 50 dias.
“Tudo vai depender do encarregado, das provas que ele queria angaria. Depois disso, o inquérito vai ser remetido para o Ministério Público avaliar se há crime e se vão oferecer denúncia”, afirmou. Até a conclusão do inquérito, a promoção prevista para a tenente ficará suspensa.
O caso
O oficial entrou em como induzido na última quinta-feira (10), após participar de uma sessão de afogamento na Lago Trevisan.
Segundo informações, ao término do treinamento o rapaz teria sido dispensado, em decorrência de fortes dores na região da cabeça.
Chegando no Batalhão, ele continuou se queixando das dores e foi levado para a Policlínica do Verdão. Lá, Rodrigo teve duas colvulsões e foi encaminhado às pressas para o Hospital Jardim Cuiabá, onde está internado em estado grave.
Um amigo, ainda não identificado, disse ao site Mídia News que o colega foi submetido a passar por um teste conhecido como “caldos” – que é quando a pessoa é forçada a ficar em baixo da água.
“Ele levou vários ‘caldos’ e chegou a reclamar que não estava passando bem. Mas os caldos continuaram e ele só foi tirado da água quando apresentou uma exaustão. E ainda o mandaram ir embora, que era para ele sumir de lá”, contou.
De acordo com a mãe de Rodrigo, Jane Claro, “perto das 16h30, eu recebi uma mensagem dele dizendo que estava com muita dor de cabeça. Depois disso, ele não me respondeu mais”, disse.
Para ela, o treinamento ofereceu ao filho uma verdadeira sessão de “tortura e humilhação”.
“Eu só fui avisada do que realmente estava acontecendo por volta das 20h, quando me ligaram perguntando se podiam transferi-lo da policlínica para um hospital. Até então, eu não sabia o que tinha acontecido”, disse.
Outro lado
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o aluno Claro já vinha se queixando de esforços físicos em outra atividades do Curso de Formação de Soldados e que já foi autorizado a aberura de um procedimento administrativo para apaurar o caso.
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