Ari Miranda
Única News
Poucas horas após a prisão em Cuiabá, um grupo de estelionatários que se vestia de palhaços para aplicar golpes pelas ruas do centro, foi liberado após oitiva na Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes, da Polícia Civil.
Como noticiado pelo Única News, o bando foi preso na tarde desta segunda-feira (19) na praça 8 de Abril, a “Praça do Choppão”, no bairro Popular. O grupo foi flagrado posicionado em um semáforo do local, pedindo ajuda em dinheiro e transferências Pix, sob a justificativa de que estariam arrecadando os valores para projetos sociais.
Segundo o delegado Eduardo Ribeiro, da Delegacia de Estelionato da Capital, após serem presos, os suspeitos, com idades de 22, 23, 25, 28 e 30, foram encaminhados à unidade policial, onde foram ouvidos.
Com o grupo, conforme o delegado, foram apreendidas cinco máquinas de cartão utilizadas para aplicar os golpes, caso a vítima dissesse que não tinha dinheiro em espécie, ocasião em que os golpistas ofereciam a opção de depósito via Pix e apresentavam um QR Code nas maquininhas, para que a vítima pudesse fazer a doação. No entanto, segundo a denúncia, automaticamente era cobrado outro valor bem maior.
Os investigadores então extraíram as informações dos pagamentos feitos nas maquininhas e fizeram contato via telefone com as pessoas abordadas pelo grupo, que confirmaram que fizeram as supostas doações e que o valor doado ao grupo batia com o que havia sido debitado em suas contas bancárias.
Porém, de acordo com o delegado, nenhuma das vítimas quis fazer a representação formal contra o grupo criminoso, o que determinou a liberação do grupo pela autoridade policial.
“Nós não conseguimos nenhuma vítima para representar na delegacia, representação esta necessária para o crime de estelionato. E também nós verificamos nos nossos sistemas apenas um B.O [boletim de ocorrência] do dia 12 deste mês, de que uma pessoa informou que o valor que ela acordou [em doar] e o que foi passado na máquina foi divergente”, explicou o delegado, afirmando que também ligou para a vítima em questão, que
“Ela queria doar R$100 e eles acabaram passando R$ 500. Liguei para essa vítima, falei que eles estavam na delegacia, mas essa pessoa não quis representar e não quis comparecer na delegacia para ser ouvida. Então, como não conseguimos os indícios e elementos necessários para a prisão em flagrante [eles foram liberados]”, concluiu o delegado, pontuando que, mesmo sem a denúncia formal, o grupo de estelionatários segue sob investigação.
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