30 de Abril de 2025
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POLÍCIA Quinta-feira, 06 de Outubro de 2016, 19:09 - A | A

06 de Outubro de 2016, 19h:09 - A | A

POLÍCIA / FALSOS MÉDICOS

Quadrilha que aplicou golpes em pacientes do Pará é presa em Rondonópolis

Golpe informava sobre a necessidade de exames de urgência em pacientes internados na UTI

Diego Frederici / Com assessoria



(Foto: divulgação)

 

Sete pessoas, acusadas de aplicar golpe em parentes de pacientes internados para tratamento de saúde, foram presas em Rondonópolis (212 km de Cuiabá) na operação “Prontuário”.

 

Deflagrada nesta quinta-feira (06) pela Polícia Civil do Estado do Pará, com apoio da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, a operação desarticulou uma quadrilha que se passava por falsos médicos que informava a necessidade de exames de urgências para parentes internados em Unidades de Tratamento Intensivos (UTI) do Estado. 

 

 

De acordo com a delegada da Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológicos (DPRCT), de Belém do Pará, Karina Correia Figueiredo Campelo, as investigações iniciaram em junho de 2016, com registros de boletins de ocorrências de vítimas que relatavam ter recebido telefonemas de pessoas se identificando como médicos,   

 

 

“Foi iniciada a investigação e identificamos todos os componentes que eram de Rondonópolis e representei pela prisão temporária, preventiva e buscas”, explicou.

 

Os suspeitos identificados nas investigações são os presidiários da Penitenciária Mata Grande: João Batista dos Santos, Roberto Pio da Silva e Elias Sousa Neto. Eles tiveram mandados de prisão cumpridos dentro da unidade.

 

Fora da prisão, os detentos contavam com apoio Fernando César da Silva e Júlio César Costa Brandão, presos por prisão preventiva, além de Iranildes Ramos de Sousa e Aldairis Ribeiro da Silva, que está grávida de seis meses. As duas mulheres, mãe e esposa do preso Elias Sousa Neto, estão presas temporariamente.

 

A organização criminosa enganou pelo menos dez vítimas identificadas até o momento nas investigações. Conforme a delegada Karina Correia, parentes de pacientes internados em UTIs no Estado do Pará efetuaram depósitos entre R$ 1,5 mil a 3 mil depois de receberem telefonemas dos falsos médicos.

 

“Eles ligavam como médicos nos hospitais, diziam que queriam o mapa da UTI ou dados de pacientes internados na UTI. Pegavam o contato do familiar responsável pelo paciente, se identificavam como médico e falavam todas as informações do prontuário. A família acreditava que tava falando com o médico”, disse a delegada.

 

Segundo a delegada, uma "situação de pânico" era criada para obrigar as famílias a pagarem pelo falso tratamento.

 

“Criavam uma situação de pânico, falando que a vítima teve um agravamento e se o exame não fosse feito o mais rápido possível, podia não resistir. Já davam a solução, apresentando uma clínica e o número da conta para depositar o dinheiro”, completou.

 

O delegado da Derf de Rondonópolis, Gustavo Colognesi Belão, informou que  tanto as contas bancárias quando os estelionatários foram identificados que eram de Rondonópolis. “As contas bancárias, são de Rondonópolis. Essas 4 pessoas de fora da cadeia forneciam contas e auxiliam os presos na aplicação dessa fraude”, disse.

 

A delegada Karina Correia informou que os presos Fernando César da Silva e  Júlio César Costa Brandão, presos por prisão preventiva, serão levados para Belém do Pará. Todos serão indiciados por crimes de estelionatos e associação criminosa.

 

 

Em Rondonópolis a Polícia Civil deu apoio nos levantamentos e na execução da operação da Polícia Civil do Pará.

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