Edy Santiago
Única News
Várias denúncias feitas pela técnica de enfermagem Amanda Delmondes Benício, de 38 anos, que acusou o Hospital São Judas Tadeu de cometer maus-tratos e erros médicos propositais em pacientes com covid-19, estão sendo confirmadas por testemunhas ouvidas pela delegada Luciani Barros Pereira de Lima, da 2ª Delegacia de Cuiabá, responsável por investigar o caso.
A delegada disse, com exclusividade ao Única News, que as afirmações de que pacientes estavam sendo amarrados em macas foi confirmada por uma testemunha, que depôs representando um famíliar. Além desse caso, outro paciente que esteve no hospital, junto com o Major Thiago Martins de Souza, de 34 anos, que não resistiu à covid, confirmou o caso envolvendo a máscara de respiração, que esqueceram no rosto do militar, quase o matando sufocado.
De acordo com Luciani, a Polícia Civil segue investigando o caso e ainda não pode afirmar se os episódios aconteceram ou não, aboslutamente.
"A família de um paciente informou que ele realmente estava sendo contido (amarrado), então estamos investigando. Para isso, que eu requisitei a perícia nesse paciente. Eu não recebi ainda o laudo confirmando se houve lesão nos punhos, na região dos pés, como a Amanda relatou. Estou aguardando a perícia técnica da Politec fornecer o laudo", disse.
A responsável por investigar o caso disse que o paciente que deixou o Hospital São Judas Tadeu e foi transferido para uma Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Santa Helena, na capital, será analisado para ver se ele foi, de fato, amarrado.
Única News

"Já solicitei o exame de corpo de delito, eles (peritos) foram lá no hospital, onde a pessoa está internada e fizeram, mas o laudo não ficou pronto ainda, comprovando se há lesã,o e se, existindo essa lesão, é compatível ou não com o que foi relatado pela Amanda e pelo familiar do paciente", disse ela ao Única News.
Quanto ao Major Thiago Martins, que morreu no Hospital, no domingo (4), Luciani Barros disse que "outro paciente confirma que esse caso aconteceu. Ele teve uma certa dificuldade em um procedimento, que foi feito por uma fisioterapeuta", relatou.
As denúncias de que o professor Toshio Doi, padrasto do jornalista Cláudio Moraes, teria sofrido uma queda, ainda estão sendo averiguadas. "O médico confirmou para a família que isso realmente aconteceu. Nós ouvimos o filho dele. Justificou que ele foi abaixar para pegar um celular. Isso o filho nos relatando que houve mesmo essa situação. Mas a gente não tem a prova concreta que isso aconteceu. Estamos investigando", justificou a delegada.
Ela adiantou que estão tendo acesso a essas informações, mas que as investigações ainda estão no início e ainda não há nada conclusivo. Afirmou que a investigação "vai aprofundar para ver se realmente se isso (a atuação do hospital) contribuiu para o desfecho 'morte'”.
Todas as imagens das câmeras de segurança foram recolhidas pela Polícia Civil e devem ser analisadas. "É um material extenso, vai demorar um tempo para analisar. Pelo que o perito me passou, vai ser de 2 a 3 terabytes de imagens. São muitas câmeras, vai ser a mesma coisa que achar agulha em palheiro. Então vai demandar um certo tempo", concluiu a delegada.
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