Cuiabá, 14 de Maio de 2024

POLÍTICA Segunda-feira, 06 de Julho de 2020, 13:05 - A | A

06 de Julho de 2020, 13h:05 - A | A

POLÍTICA / CHAMADO DE "TRAIDOR"

Atacado por votar a favor da reforma previdenciária, João Batista se defende

Euziany Teodoro
Única News



O deputado estadual João Batista (Pros), que também é servidor público da segurança, tem sido tachado de “traidor” por funcionários públicos e membros do Fórum Sindical, após votar a favor da reforma previdenciária em primeira votação, na semana passada.

Segundo ele, o voto foi estratégico, pois “às vezes é preciso avançar, e às vezes, recuar” para ter sucesso em suas proposituras.

“O projeto do Governo é um projeto desumano. Em fevereiro votei contra a alíquota, batemos duro, mas chegamos a esse entendimento que não adianta que ir na Tribuna (do plenário) e gritar que ‘não aceito, não aceito’, tendo consciência de que a base do Governo é grande e aprova o projeto. Não adianta eu sair bem com os servidores e não conseguir nada. Tenho que saber o momento de avançar e de recuar para conseguir as coisas”, disse.

João Batista é “acusado” de votar a favor da reforma previdenciária devido à inclusão de uma emenda que beneficia apenas policiais penais (categoria à qual ele pertence), que foram inclusos nos moldes dos demais servidores da segurança pública, que pagam alíquota mais baixa, por exemplo. Para o Fórum Sindical, ele “abandonou” outros 45 mil servidores públicos, ao votar em favor de uma única categoria.

Ele alega que já haviam votos suficientes para aprovação da PEC 06/2020, independente do voto dele, e optou por “amaciar” a base governista a fim de emplacar outras propostas.

“Claro que nos foi cobrada, sim, essa postura com relação ao voto, mas o que negociamos com os deputados da base, não foi exclusivamente a emenda da segurança, mas também outras emendas que viessem a diminuir os prejuízos de todos os servidores”, explicou, em entrevista à Rádio Vila Real, nesta segunda-feira (6).

Em sua defesa, destacou que nunca aceitou cargos no Governo para que pudesse votar livremente. Ele destaca que a reforma previdenciária é “desumana” para os servidores e tenta emplacar novas emendas a favor do funcionalismo.

“Não sou da base do Governo, não tenho cargo no Governo, não consigo emplacar um projeto. Não quero esse tipo de política e quero ser livre para votar conforme meu entendimento. Alguns colegas ainda acham que levar no xingamento, na ameaça e grosseria (na tribuna), que vai mudar o ponto de vista. Tenho tentado fazer com que esse pessoal entenda que a gente precisa cativar os deputados da base e fazer eles entenderam o crime que o estado está cometendo contra o funcionalismo”, concluiu.

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