Luana Valentim
O ano de 2018 foi marcado por diversos escândalos na política, alguns ganharam repercussão nacional ao serem exibidos no programa Fantástico, da Rede Globo. O site Única News preparou os principais destaques.
Foto: (Reprodução/Web)

O Fantástico exibiu uma matéria no dia 5 de agosto sobre a compra de medalha e certificado como um dos cem melhores gestores do Brasil e em Mato Grosso, alguns prefeitos pagaram pela premiação.
O programa resolveu fazer um teste colocando um jumento para receber o prêmio e ele acabou sendo selecionado. Sem saber que estava sendo gravado, o dono da União Brasileira de Divulgação de Pernambuco relatou que chega a receber R$ 50 mil reais por evento. E que os prefeitos e vereadores premiados, usam de dinheiro público para pagar o valor de inscrição que pode variar de R$ 578 a R$ 1480 mil. Eles também gastam diárias pagas pela prefeitura ou pela Câmara para ir nas cerimônias.
Em Mato Grosso, foi constatado que alguns prefeitos pagaram para serem elencados entre os cem melhores gestores. Como em Rondonópolis com Zé Carlos do Pátio (SD). Em Cáceres, Francis Maris Cruz (PSDB), em Lucas do Rio Verde, Luiz Binotti (PSD) e em Várzea Grande, a prefeita Lucimar Campos (DEM).
Ainda constam na lista os prefeitos de Sapezal, Juína, Pontes e Lacerda, Nossa Senhora do Livramento, Barra do Bugres, Paranaíta, Dom Aquino, Barão de Melgaço, Feliz Natal, Guarantã do Norte, Rosário Oeste, Nova Bandeirantes, Nova Canaã do Norte e Paranatinga.
No dia 26 de agosto, o programa mostrou a situação da rodovia MT-130, que está concedida à iniciativa privada desde 2011. O trecho de 112 km é administrado pela concessionária
(Foto: AL-MT)

Morro da Mesa S/A, ligada ao deputado estadual Nininho (PSD).
A reportagem ressaltou que o trecho é de via simples, com asfalto remendado em diversos locais, tendo duas praças para cobrança de pedágio. De acordo com o Fantástico, o Ministério Público Estadual já emitiu uma recomendação indicando que a concessão neste trecho da MT-130 sequer deveria existir.
A concessão à Morro da Mesa está entre as confissões do ex-governador Silval Barbosa feitas em acordo de colaboração premiada fechado com a Procuradoria-Geral da República, em que afirma ter recebido R$ 7 milhões de Nininho para liberar a concessão do trecho. O deputado nega ter ocupado qualquer cargo na concessionária e o pagamento de valores ao ex-gestor.
O Fantástico também mostrou a situação da BR-163 em Mato Grosso, por onde é escoada boa parte da produção agrícola do Estado. O trecho da rodovia concedida com pista simples e acostamento estreito é concedido, desde 2014, à Rota do Oeste, empresa do grupo Odebrecht. Dos 850 km de estrada, a empresa duplicou 117 km desde que assumiu a concessão e tem até 2019 para duplicar um total de 450 km. A Rota do Oeste já recebeu 46 multas por não cumprimento do contrato.
No dia 4 de setembro, o jornalista Maurício Ferraz, repórter do Fantástico, foi visto no MPE de Cuiabá para apurar a ‘operação Catarata’ que investiga fraudes na Caravana da Transformação em que foram investidos R$ 48 milhões de verbas do governador Pedro Taques (PSDB). E no dia 11 de novembro, o programa exibiu a reportagem.
(Foto: Reprodução)

A operação foi deflagrada no dia 3 de setembro, pelo MPE por meio do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público de Cuiabá que investiga supostas irregularidades na realização das cirurgias executadas pela empresa 20/20 Serviços Médicos de Ribeirão Preto, em São Paulo, durante a Caravana da Transformação.
O Gaeco desencadeou a operação na Secretaria de Estado de Saúde, fazendo busca e apreensão de todos os documentos referentes à Caravana por conta das denúncias de irregularidades. Duas caminhonetes foram utilizadas para transportar todo o material apreendido. Além de servidores da pasta que prestaram depoimento ao promotor de Justiça, Mauro Zaque.
A empresa 20/20 - responsável pelos serviços oftalmológicos prestados pela Caravana - foi contratada pelo governo por meio de uma licitação no valor de R$ 48 milhões.
O MPE relatou que o governo pagava a empresa com base nas informações da planilha fornecida pela própria empresa. Além da suspeita de pagamento em dobro, a promotoria ainda investiga se houve erro médico nas cirurgias
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