Wellyngton Souza
(Foto: Reprodução)
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Após a polêmica de propor que as oitivas da CPI do Paletó que investiga o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, sejam de portas fechadas, o relator da Comissão, vereador Adevair Cabral (PSDB), da base aliada de Emanuel, apresentou requerimento convocando membros da atual administração e ainda o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB).
De acordo com a justificativa de Adevair Cabral, a proposta busca avaliar a opinião das pessoas que serão ouvidas se Emanuel tem condições de ficar no comando do Palácio Alencastro ou não. "Eu pedi para convidar esses secretários e líderes para fazer um bate papo. Então essas pessoas irão dizer se o prefeito está conduzindo a prefeitura de forma correta", revelou.
O posicionamento do parlamentar foi novamente alvo de duras críticas pelo ex-senador, Antero Paes de Barros na manhã desta quarta (6). Antero classificou ainda como uma atitude vergonhada para a Casa de Leis de convocar o ex-prefeito.
"Pedir para convidar secretários líderes para um bate-papo? CPI não é lugar para bate-papo. Faz isso em um barzinho. Porque não chamou os irmãos do Pinheiro, as pessoas mais próximas, os parentes para saber se ele está bem psicologicamente para continuar na prefeitura. A CPI está investigando outro fato se houve ou não tentativa de obstrução de Justiça. E outra coisa, o que Mauro Mendes tem que fazer lá? Isso é uma vergonha. Respeita administração de Mendes, colocar ele para explicar o dinheiro no paletó de Emanuel? Não tem nem explicação para isso", disparou.
Além de Mauro Mendes, foram convocados presidente do Sindicato dos Servidores Público, Jaime Metello, o secretário de Serviços Urbanos da Prefeitura de Cuiabá, José Roberto Stopa, o ex-adjunto de infraestrutura da Secopa e atualmente diretor da Águas Cuiabá, Marcelo de Oliveira, conhecido como Marcelo Padeiro e também o presidente do Sintep, João Custódio.
(Foto: Reprodução)
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Na última segunda (4), o ex-senador disse que deve ingressar com um mandato de segurança para que as sessões da CPI sejam de portas abertas. Os vereadores que compõe a Comissão decidiram por manter sigilosa as oitivas para imprensa e população.
"Quem age para esconder a corrupção tem que ser colocado sob suspeita por causa exatamente do princípio da publicidade. Eu como jornalista, como cidadão, se ninguém fizer eu vou fazer mandato de segurança".
Conforme ex-parlamentar, a atitude em manter as portas fechadas não passa de uma atitude imoral e desleal com a sociedade cuiabana que ainda aguarda satisfações de Pinheiro flagrado recebendo suposta propina do então chefe de gabinete do ex-governador, Silval Barbosa, Silvio Corrêa. “Não deveriam dizer que defendem Cuiabá, que defende a moralidade pública, é um comportamento imoral, desleal com a sociedade”, afirmou.
Emanuel Pinheiro faz parte da lista de deputado estaduais que receberam ‘mensalinho’ durante gestão do ex-governador. Na delação premiada de Silval que foi homologada pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), em agosto de ano, o prefeito enquanto ocupava lugar na Assembleia Legislativa, teria aceitado propina para ser favorável às contas do ex-governo.
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