Thays Amorim
Única News
Os deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovaram, em sessão ordinária desta quarta-feira (05), as contas do Governo relativas ao ano de 2019. O relatório, que teve parecer favorável do Tribunal de Contas do Estado (TCE), foi aprovado por 16 votos, e cinco contrários.
Apesar do voto ser secreto, os deputados petistas Lúdio Cabral e Valdir Barranco declararam publicamente, em plenário, voto contrário às contas.
Lúdio destacou "apontamentos graves", como a baixa execução de programas finalísticos.
"Primeiro problema das contas do Governo de 2019: execução orçamentária. Os programas finalísticos do Estado, de 2019, apenas 58,5% deles foram empenhados, não quero dizer nem liquidados. No caso da Saúde, 41% das ações previstas na saúde pública não foram realizadas, não foram executadas. E 33% das ações finalísticas das ações na Educação também não foram executadas, esse é um apontamento grave identificada nas contas", destacou, dentre outros fatores.
Valdir enfatizou que o Executivo não teria investido o percentual mínimo previsto na Educação.
"O Tribunal de Contas é contraditório ao afirmar que o Estado aplicou 26,71% dos recursos em Educação, principalmente em manutenção e desenvolvimento do ensino básico. Quando nós retiramos o imposto de renda, que é o que eles fizeram nessa manobra, aí ultrapassa os 25% obrigatórios, chega a 23,58% apenas. e Quando nós retiramos ainda o percentual da Universidade do Estado, nós temos apenas 21,32% na educação básica", afirmou.
Por outro lado, Xuxu Dal Molin (PSC) disse que 2019, o primeiro ano do mandato do governador Mauro Mendes (DEM), foi um período difícil pelo fato do Estado não estar em boas condições financeiras.
"A gente percebe uma conversa que, às vezes, é contraditória. Para quem já aprovou contas do Silval Barbosa e do Pedro Taques, falar em conta do atual governador de 2019, um ano que o Estado estava quebrado, com restos a pagar, com falta de gasolina para a polícia trabalhar e hospital fechando... 2019 foi um ano difícil para todos, então não estou aqui para julgar o questionamento de ninguém", apontou.
O parlamentar Wilson Santos (DEM) também defendeu as contas e afirmou que foi graças às contas de 2019 que, hoje, o Estado possui uma boa condição financeira, com diversas obras.
"Se o Governo hoje inicia a construção de seis grandes hospitais, que trarão juntos mais de mil leitos, se o Governo já entregou mais de 1.200 km de asfaltos novos, constrói pontes, salários em dia, antecipação da data base para pagamento da revisão geral anual... O TCE indicou equívocos sim, mas no conjunto da obra, deu parecer favorável", discursou.
Estiveram ausentes o deputado João Batista (PROS), devido ao falecimento da sua mãe, Paulo Araújo (PP), que estava em deslocamento, e Xuxu Dal Molin, por acompanhar a sessão virtualmente e não ter acesso ao tablet.
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