Euziany Teodoro
Única News
O ex-governador Pedro Taques sentiu o peso de perder a eleição ao Governo do Estado, em 2018, e viu-se desprezado pelo partido que o acolheu com festa, em agosto de 2015: o PSDB. Na primeira oportunidade em que precisou contar com o apoio dos correligionários, em eleições suplementares ao Senado marcadas para 26 de abril deste ano, foi preterido e o escolhido para a disputa foi o ex-deputado federal Nilson Leitão, que esteve ao seu lado há dois anos.
Em entrevista ao Única News, deixou clara sua insatisfação. “Sou um sem voto, segundo alguns. Sou um sem dinheiro, sem terra, sem soja, sem TV, sem rádio, e ao que dizem, sem voto”, ironizou.
Ele alfineta outros que já estão na disputa ao Senado, para a vaga deixada por Selma Arruda (Podemos), e que têm aquilo que ele diz não ter: Otaviano Pivetta (PDT), vice-governador e dono de um império do agronegócio da região Norte do Estado; Blairo Maggi (PP), o Rei da Soja, que mesmo sem concorrer ainda terá peso nas eleições; seu ex-vice-governador, Carlos Fávaro, que também veio do agronegócio; Júlio Campos (DEM), dono de vários veículos de comunicação e um dos mais ricos, ao lado do irmão Jayme Campos, em Mato Grosso; além do próprio Nilson Leitão, que declarou, nas últimas eleições, ter R$ 890 mil em bens.
Pedro Taques oficializou, na manhã de hoje (2), o pedido de desfiliação, por meio de ofício enviado ao presidente estadual do PSDB, Carlos Avalone (veja abaixo).
Questionado se ainda vai tentar disputar o Senado, após filiação em outro partido, ele diz que ainda está avaliando os cenários. “Ainda não resolvi a minha vida política. Muda-se o tempo, mudam-se as vontades”, disse apenas.
O Solidariedade (SD), do prefeito de Rondonópolis, Zé Carlos do Pátio, tem “reivindicado” a presença de Taques entre seus correligionários, mas Taques ainda não fez a escolha.

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