Mayara Campos - estagiária
Única News
O Projeto de Lei nº 1.343/2021, que autoriza a fabricação de vacinas contra a covid-19 em indústrias de saúde animal, foi aprovado na última terça-feira (15), em primeira votação no Congresso. O autor da PL é o senador Wellington Fagundes (PL), que é médico veterinário por formação. Se for sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), as fábricas veterinárias possuem capacidade para produzir 400 milhões de doses em 90 dias.
Em entrevista na rádio Conti nesta sexta-feira (18), o senador disse que a esperança é ter uma vacina 100% brasileira que possa atender toda a população.
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

“Se dependermos hoje da importação de outros país, corremos o risco de não ter vacinas suficientes para a imunização de toda a população brasileira”, disse Fagundes.
Segundo o senador, diversas reuniões foram realizadas para a definição dos detalhes do projeto, incluindo representantes da Casa Civil, Secretaria do Governo, Ministério da Agricultura, Ministério da Ciência e Tecnologia e a Anvisa.
O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) apontou que existem três grandes indústrias capazes de produzir as vacinas com vírus inativado, tecnologia usada na Coronavac, e com RNA mensageiro, usada na Pfizer.
“Uma delas fica na vizinhança de Belo Horizonte, outra em Montes Claros, também Minas Gerais, e a maior, a Ouro Fino, fica em Cravinhos. Ela é uma das maiores do mundo, com biotecnologia máxima que já fabrica vacinas de vírus inativado há mais de 20 anos sem nenhum problema” disse o senador.
Fagundes citou ainda as pesquisas desenvolvidas no Ministério da Ciência e Tecnologia, que já estão avançadas, contribuindo para a fabricação 100% brasileira.
O orçamento para as pesquisas havia sido cortado, mas com a pressão no governo, o recurso foi recomposto, e cerca de R$ 415 mi foram liberados.
“Nesse momento, enquanto não concluímos essas pesquisas, iremos importar com transferência tecnológica apenas a célula mãe, a célula do trabalho que vem num pequeno frasco, e vai para os laboratórios, e lá são reproduzidas e transformadas em uma grandiosa quantidade de vacinas” acrescenta Fagundes.
(Com supervisão do editor-chefe Abraão Ribeiro)
FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!