Euziany Teodoro
Única News
O senador Jayme Campos (DEM), político com forte influência no poder público de Várzea Grande há décadas, inclusive marido da atual prefeita, Lucimar Campos, afirmou em entrevista esta semana que a famosa falta d’água na cidade “é conversa mole”.
“Essa conversa da falta d’água é conversa mole. Nessa sequidão que tá aí, não é um privilégio nosso. Estamos há quase 130 dias sem chuva em Mato Grosso, de uma maneira geral”, disse.
Ele ainda culpou a população por ter reservatórios pequenos, de 500 litros, que não se adequam ao que chamou de “normal”: ter água um dia sim e dois não.
“Houve um estrangulamento do sistema, primeiro porque, nesses últimos tempos, quase 25 mil casas populares foram entregues em Várzea Grande. O sistema que tem aí é um sistema antigo. Houve uma expansão, um crescimento demográfico lá de tal maneira, que o sistema hoje não suporta. Por outro lado, para que se esclareça, tem uma centena, milhares de famílias, que o reservatório deles é pouco, de 500 litros. Se o reservatório fosse maior, com certeza não estaria nessa dificuldade. E a intermitência na distribuição da água: é normal você fornecer num dia e passar dois dias sem água, ou um dia sim um dia não.”
Ele ainda cita que, com a pandemia da covid-19, muitas famílias ainda estão em casa, aumentando o consumo de água.
“O que acontece hoje é uma concentração de famílias, que não saíram da pandemia e continuam dentro das residências, aumentando o consumo duas vezes mais. (...) não quer dizer que Várzea Grande está um deserto. Isso é conversa fiada”, afirmou.
As declarações vêm em péssimo momento e podem servir de combustível para os adversários de seu grupo político nas eleições à Prefeitura deste ano, especialmente para o empresário Flávio Vargas (PSB), que vem batendo de frente com a Família Campos.
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