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POLÍTICA Quinta-feira, 14 de Setembro de 2017, 15:17 - A | A

14 de Setembro de 2017, 15h:17 - A | A

POLÍTICA / MALEBOLGE

Maggi esclarece envolvimento, após se tornar alvo da PF e ganhar manchetes nacionais

Wellyngton Souza / Única News



(Foto: Reprodução)

silval e maggi

 

O ministro da Agricultura e senador licenciado, Blairo Maggi, voltou a ser o centro das atenções na manhã desta quinta (14), após deflagração da 12ª fase da operação Ararath, denominada como Malebolge, deflagrada pela Polícia Federal (PF).

 

Maggi ocupada a manchete dos principais sites de notícias do país O Globo e Folha de S. Paulo, desde que foram cumpridos mandatos de busca e apreensão em sua residência e gabinete, em Brasília e na capital. Logo após a movimentação intensa, Maggi foi um dos primeiros envolvidos a soltar nota de esclarecimento à imprensa negando as acusações.

 

O ministro foi citado na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa, que foi homologada no Supremo Tribunal Federal (STF), pelo ministro Luiz Fux. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Blairo Maggi teria oferecido vantagens a Silval, logo após sua prisão na operação Ararath.

 

"Blairo Maggi teria enviado seu suplente, o senador José Aparecido dos Santos (Cidinho Santos), como emissário de uma mensagem para Silval Barbosa, no presídio onde estava preso. Cuidar-se-ia de uma promessa de que a Operação Ararath seria anulada perante o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, cumulada com um conselho para evitar o caminho trilhado por José Geraldo Riva, que, segundo o senador, havia confessado crimes, e mesmo assim foi condenado a penas altas", diz trecho da decisão.

 

O ministro do STF alegou que há indícios de obstrução à investigação que envolve o ministro.  "São veementes os indícios quanto ao cometimento do crime de obstrução de investigação de crimes de organização criminosa por parte de Blairo Borges Maggi, José Aparecido dos Santos (Cidinho Campos), Gustavo Adolfo Capilé de Oliveira, Marcelo Avalone, Carlos Avalone Júnior e Carlos Eduardo Avalone", diz despacho do ministro do STF.

 

Por meio de nota, o ministro afirma que nunca utilizou de meios ilícitos durante a vida pública. “Sempre respeitei o papel constitucional das Instituições e como governador, pautei a relação harmônica entre os poderes sobre os pilares do respeito à coisa pública e à ética institucional”, diz trecho da nota.

 

E ressalta ainda que, por meio judicial, irá se defender e reestabelecer a verdade dos fatos. “Tenho total interesse na apuração da verdade”. 

 

Confira nota na íntegra: 

 

"Sobre a operação realizada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (14), esclarecemos que:

 

1. Nunca houve ação, minha ou por mim autorizada, para agir de forma ilícita dentro das ações de Governo ou para obstruir a justiça. Jamais vou aceitar qualquer ação para que haja "mudanças de versões" em depoimentos de investigados. Tenho total interesse na apuração da verdade. 

 

2. Ratifico ainda que não houve pagamentos feitos ou autorizados por mim, ao então secretário Eder Moraes, para acobertar qualquer ato, conforme aponta de forma mentirosa o ex-governador Silval Barbosa em sua delação.

 

3. Jamais utilizei de meios ilícitos na minha vida pública ou nas minhas empresas. Sempre respeitei o papel constitucional das Instituições e como governador, pautei a relação harmônica entre os poderes sobre os pilares do respeito à coisa pública e à ética institucional. 

 

4. Por fim, ressalto que respeito o papel da Justiça no cumprimento do seu dever de investigação, mas deixo claro que usarei de todos os meios legais necessários para me defender e reestabelecer a verdade dos fatos. 

 

Blairo Maggi"                       

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