Abraão Ribeiro
Única News
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Max Russi (PSB), reagiu duramente essa semana às declarações do delegado Lindomar Toffoli de que aliados do governador Mauro Mendes (DEM) teriam interferido em investigações da Delegacia Fazendária em inquéritos relacionados a suspeita de corrupção por agentes políticos.
Toda a polêmica iniciou ainda em 2020 quando o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), acusou o governador Mauro Mendes de utilizar politicamente a estrutura da Polícia Judiciária Civil para prejudicá-lo em seu projeto de reeleição. Na última semana, delegados foram ouvidos pela Corregedoria da Polícia Civil.
Após concluir o depoimento, Toffoli declarou à imprensa que se sentiu perseguido enquanto atuava na Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e contra a Administração Pública (Defaz).
Isso porque, após abrir uma investigação contra a atual gestão estadual em 2019, foi transferido para a 3ª Delegacia de Polícia de Várzea Grande.
Na avaliação de Russi, as declarações são vagas, imprecisas e coloca em xeque toda a classe política. Por isso, cobra esclarecimentos do delegado até para que àqueles que eventualmente tenham atuado para interferir em investigações da Polícia Civil, sejam punidos.
“É difícil falar aliados, tem que ser mais específico. É muito fácil você jogar algo no vento e deixar solto. Não. Tem que ser específico, dizer que foi por isso, por aquilo, e aí, se porventura houve alguma interferência, tem que punir as pessoas que fizeram isso”, rebateu o chefe da Assembleia Legislativa.
O parlamentar ainda cobrou que nomes de agentes políticos sejam devidamente expostos em público.
"Tem que citar os nomes e quais foram os motivos. Se alguém pediu para beneficiar algum parlamentar ou alguém do governo ou coisa parecida, ele como delegado, que deve ter uma função de cobrar a lei, tem que prender essa pessoa. Eu acho que nenhum favorecimento pode acontecer. Quero acreditar que não teve”, disse.
Na investigação disciplinar da Corregedoria da Polícia Civil, também foram ouvidos os delegados Flávio Stringueta e Anderson Veiga.
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