Marisa Batalha
(Foto: Senado Federal)
Nesta última nesta quarta-feira (9), o senador José Medeiros (Podemos/MT) usou a tribuna do Senado Federal, para tecer duras críticas contra o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Após Janot, sem medir palavras, revelar em palestra realizada na última quarta-feira (08), no 2º Congresso Nacional dos Auditores de Controle Externo, no Tribunal de Contas (TCE-MT), em Cuiabá, que existiriam no Congresso Nacional alguns senadores que chegaram a Brasília sem nenhum voto.
Evitando a imprensa, o ex-procurador-geral da República afirmou que a mudança que está em curso no Brasil era dolorosa e que o país passava por uma revolução sem sangue, e que só uma reforma política seria capaz de colocar fim à corrupção, já que o Judiciário e a Polícia não conseguiriam. Pois a corrupção estaria estruturada e sistêmica.
Dentro deste contexto, Janot 'emendou em seu texto' , a um momento de seu discurso, dizendo, como algo absurdo, que teriam alguns senadores, que chegaram em Brasília, no Congresso Nacional, para ocupar a Senatória, sem ter tido nenhum voto.
'Nós temos alguns senadores da República ocupando uma cadeira no Senado sem ter tido nenhum voto. Zero. O sujeito era suplente daquele que fez a campanha, aí o dono da cadeira é chamado para ocupar um ministério e o suplente assume a cadeira sem nenhuma representatividade. Ninguém nem sabia quem era a pessoa. Então qual é a legitimidade desta pessoa'.
Inconformado com 'a deixa de Janot contra senadores suplentes que acabaram assumindo cadeiras no Congresso', José Medeiros que assumiu a cadeira que pertencia a Pedro Taques, hoje governador do Estado, disparou contra o ex-procurador, acusando-o de não ter caráter.
(Foto: Senado Federal)
José Medeiros depois de se afastar da função de policial rodoviário federal, tomou posse no Senado Federal, com a vitória de Pedro Taques na disputa pela Governadoria do Estado. Na época, Medeiros se juntou a Blairo Maggi e a Wellington Fagundes, que tomaram posse em 1º de fevereiro.
De acordo com Medeiros, o ex-procurador Rodrigo Janot ao disparar as críticas contra os suplentes, no caso dele e de Cidinho Santos (que substituiu Maggi, após Blairo assumir o Ministério da Agricultura), se achou na condição de julgar o Legislativo, a Câmara Federal e o Senado brasileiro, como se fosse dono da verdade.
'Janot se acha o incorruptível, o santo, o imaculado, o dono de toda a legitimidade! Sou filho, senhor Janot de um homem analfabeto, humilde, mas honrado! Eu não precisei pegar nada de ninguém! Então não me venha com esta história de honestidade, pois não serve como pedestal ou trampolim, pois isto é obrigação! Então não adianta vir com esta cara fechada, de vestal prá cima de mim. Então me respeite! Pois legitimidade, representatividade, tem muito de caráter, coisa que o senhor demonstrou não ter!'.
Medeiros ainda lembrou na tribuna do Senado que em uma das entrevistas dadas por Janot, ele gaguejava, ao falar ao vivo para uma TV brasileira, que haviam graves denúncias, inclusive um vídeo como prova, contra um ministro do Supremo Tribunal Federal, quando na verdade as denúncias eram contra o MPF.
'Assim, é preciso que saiba que cargo eletivo senhor Janot não é concurso, mas obviamente precisa para quem representa o cargo, caráter, e isto eu tenho de sobra. Então não me diga que não tenho legitimidade para estar aqui. E o senhor quando for no meu Estado, me respeite', ainda disse Medeiros.
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