Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Sexta-feira, 13 de Novembro de 2020, 15:34 - A | A

13 de Novembro de 2020, 15h:34 - A | A

POLÍTICA / RECUPEROU PASSAPORTE E CNH

Mendes é obrigado por juiz a renomear servidor demitido por corrupção

Da Redação
Única News



O governador Mauro Mendes (DEM) cumpriu a decisão de um juiz de Sinop (a 503 km de Cuiabá), que o obrigou a renomear um servidor que confessou ter cometido atos de corrupção. O juiz chegou a suspender o passaporte e a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do governador para que a decisão fosse cumprida, nesta sexta-feira (13).

Ocorre que o servidor Alaor Zeferino de Paula, ex-secretário-adjunto de Transportes, é investigado em processo administrativo no governo por ato de corrupção e entrou com uma ação dizendo que foi demitido antes da conclusão das investigações. Ele acusa o estado de ilegalidades na apuração da conduta dele.

No dia 22 de outubro, a Justiça de Mato Grosso havia determinado que o governador colocasse o ex-secretário de volta ao serviço no prazo de até 48 horas, o que não foi feito. Então, hoje, o juiz de Sinop suspendeu o passaporte e a CNH de Mauro Mendes e também do secretário de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra Guimarães.

Para recuperar seus documentos, Mauro Mendes foi obrigado a renomear o servidor, mesmo ele tendo confessado a conduta ilegal em delação premiada, incluindo crimes como fraude contratual, prevaricação, corrupção passiva e ativa (recebimento de propina) e peculato (desvio de dinheiro).

De acordo com a assessoria de imprensa do governador, a decisão liminar que mandou reintegrar o servidor foi comunicada diretamente ao gabinete de Mendes, o que é irregular. O trâmite correto seria oficiar a Procuradoria Geral do Estado e disponibilizar a intimação no sistema PJE, uma vez que se trata de processo eletrônico.

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Antonini 15/11/2020

Usar delação premiada para punir o delator é uma forma de ameaça velada feita pelo governador. Dessa forma, usa a delação para contra atacar o delator e manter o aparelhamento dos órgãos públicos submetendo-os às vontades do gestor maior. O delator perde a vantagem da delação, e os erros continuarão ocultos.

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