Da Redação
(Foto: TJ-MT)
O procurador de Justiça, João Batista de Almeida, negou a suspeição de dois, dos quatros juízes militares, que julgam os PMs envolvidos na rede clandestina de escutas que ficou conhecidas em Mato Grosso, como Grampolândia Pantaneira.
O processo está suspenso atualmente, após pedido do advogado do cabo Gerson Correa Junior, Neyman Monteiro, que arguiu de suspeição - no Ministério Público Estadual -, dois dos quatro coronéis militares que integram o Conselho Militar, responsável por julgar a ação penal. O conselho é conduzido pelo juiz Murilo Mesquita, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá.
A justificativa feita nos autos para a suspeição, segundo Neyman Monteiro, é que os coronéis Valdemir Barbosa e Luiz Cláudio 'indeferem qualquer pedido formulado pela defesa e, por outro lado, acolhem os pedidos formulados pelos oficiais superiores acusados'.
Além do cabo Gerson Corrêa Júnior, também são réus no Caso dos Grampos os coronéis Ronelson Barros, Evandro Alexandre Lesco e Zaqueu Barbosa, e o tenente-coronel Januário Antônio Edwiges Batista.
Os militares são suspeitos de participação em interceptações telefônicas ilegais contra pessoas como a deputada estadual Janaína Riva (MDB), o desembargador aposentado José Ferreira Leite, os advogados eleitorais ligados ao MDB José Antônio Rosa e José do Patrocínio, o jornalista José Marcondes Muvuca, entre outros profissionais e autoridades. Teriam sido grampeados até mesmo números do MPE.
O processo contra os militares foi desmembrado de outro que julga os civis, igualmente ligados à rede clandestina de escutas.
No Superior Tribunal de Justiça (STJ), sob a relatoria do ministro Mauro Campbell Marques, a Justiça apura a possível participação do governador Pedro Taques (PSDB) e membros de seu governo.
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