Da Redação
(Foto: Reprodução/Web)
Foi negado nesta terça-feira (3), pelo ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), um habeas corpus ao ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, impetrado pela defesa.
O advogado Paulo Taques está preso desde o dia 27 de setembro, quando foi desencadeada a operação Esdras, pela Polícia Civil, a pedido do desembargador Orlando Perri, relator no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, pelas investigações da rede clandestina de grampos, comandada por PMs de alta patente no Estado.
Além de ter sido negado o HC a Paulo Taques, a medida liminar foi ainda encaminhada ao Ministério Público Federal para mais informações dos autos. A liminar, por sorteio, ficou com o ministro Ribeiro Dantas, da Quinta Turma do STJ.
Além de Taques foram presos o ex-secretário de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Benedito Siqueira Júnior, o coronel Evandro Lesco, ex-chefe da Casa Militar do Estado, a esposa de Lesco, Helen Christy, o sargento João Ricardo Soler e o empresário José Marilson da Silva (que já está solto).
O esquema
O esquema conhecido como “barriga de aluguel”, quando números de telefones de cidadãos sem conexão com uma investigação, são inseridos em um pedido de quebra de sigilo telefônico à Justiça, foi denunciado à Procuradoria Geral, pelo promotor de Justiça Mauro Zaque, ex-secretário de Estado de Segurança Pública, na administração de Taques.
Os telefones interceptados com autorização judicial, teve os documentos assinados pelo cabo da PM, Gerson Luiz Ferreira Correia Júnior, numa suposta investigação de crimes cometidos por PMs. No entanto, foram juntados os telefones de quem não era suspeito de crime algum.
O caso veio à tona em 14 de maio deste ano, após matéria veiculada pela Rede Globo. Na matéria do Fantástico, o promotor Mauro Zaque revela que teria recebido uma denúncia anônima, ainda como secretário, revelando o esquema realizado em 2015. E que teria levado o fato ao conhecimento do gestor estadual.
Já Taques argumentou que Mauro Zaque não entregou a denúncia em mãos para ele, chegando a abrir uma ação contra seu ex-secretário.
Com a deflagração da Esdras vários nomes que compunham o staff do gestor tucano acabaram sendo presos no dia 27 de setembro
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