Da Redação
(Foto: Reprodução)
Como não existem acasos em política e descasamentos nesta área podem significar ações estrategicamente casadas, esta quinta-feira (15) muito possivelmente poderá ser considerada o pontapé inicial dos jogos políticos em Mato Grosso. Não só pela entrevista realizada pelo ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta, na Radio Capital onde fez duras críticas à gestão do governador tucano, Pedro Taques.
Mas porque recentemente o deputado pedetista Zeca Viana em conversa com jornalistas deixou bem claro que teria sido criado um bloco mais a esquerda de oposição à gestão tucana. Sob a argumentação de que a administração de Taques teria sido desaprovada pela população mato-grossense.
E ainda pelas últimas entrevistas dadas pelo ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, que tem dado ênfase que o apoio dele a Taques iria até este ano e que ações em sua gestão revelaram falta de preparo para governar Mato Grosso. Chegando a sugerir ao gestor estadual que fizesse uma profunda reflexão para saber o que deu errado em sua administração.
Mas, se os opositores de Taques combinaram uma data para o ataque, nenhum dos adversários, no entanto, poderia esperar o golpe desferido também hoje pelo vice-governador, Carlos Fávaro - que na visita do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), à Mato Grosso, as obras do campus da da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Várzea Grande, foi abertamente contra a decisão do governador sobre a criação do Fundo de Estabilização Fiscal para arrecadar R$ 500 milhões em um ano.
Chegando a revelar que o governador 'para cogitar qualquer aumento de tributos à população, antes deveria cortar gastos da própria gestão'.
Mas sua rebeldia, pelo menos por enquanto, não deve contar como espaço garantido dentro de um bloco que está se formando em oposição à reeleição de Taques, liderada por um grupo de esquerda de centro com políticos como o deputado pedetista Zeca Viana e os ex-prefeitos de Cuiabá e Lucas do Rio Verde, respectivamente Mauro Mendes e otaviano Pivetta. Os três antigos aliados, inclusive, de Taques desde a sua disputa a Senatória e depois à Governadoria do Estado.
Prova disto que ao ser perguntado nesta quinta a Pivetta se Carlos Fávaro teria espaço no seu grupo, ele deixou claro que não. Lembrando que o social democrata é o vice de Taques. E que a gestão que estaria supostamente sendo reprovada pela população, inclui obviamente ele[Fávaro]. “No nosso time não tem espaço para Fávaro. Ele é o vice-governador do Pedro Taques, assim nós nem consideramos essa hipótese”, asseverou.
Ainda na mesma entrevista, Otaviano Pivetta chegou a afirmar que o socialista Mauro Mendes - já estaria de malas prontas para se filiar aos democratas -, estaria prestes a lançar sua candidatura ao governo do Estado, mas possivelmente já filiado ao partido de Jayme e Júlio Campos.
“O Mauro Mendes está decidido. Está dependendo de alguns ajustes. Ele já expressou para mim e para muito mais gente que o sonho dele é ser candidato e quer ser”, afirmou Pivetta.
Em duras críticas à gestão de Pedro Taques, Pivetta ressaltou que o governador perdeu aliados e não considera que ele tenha direito a disputar a reeleição, portanto, a candidatura articulada pelo Democratas não pode ser considerada como traição.
“A gente não sabe nem se ele [Taques] vai ser candidato. Eu acho que se ele fizer uma boa reflexão, ele vai ver que ele é inconveniente para a sociedade, que ele não tem direito nenhum de tentar uma reeleição”, destacou.
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