Claryssa Amorim
(Foto: Reprodução/Web)
O candidado ao Senado, Adilton Sachetti (PRB), desmentiu em entrevista à rádio Capital FM, nesta segunda-feira (17), as especulações de que ele estaria com “ciúmes” do ministro Agricultura e Pecuária, Blairo Maggi (PP), por declarar apoio ao candidato a governador, Mauro Mendes (DEM). Sachetti analisou ainda o questionamento do radialista como “capciosa”.
O ministro assumiu publicamente o apoio à candidatura do Sachetti ao Senado no final de agosto. Ele já tinha alertado que somente Sachetti - amigo de longa data e compadre -, teria o seu apoio nas eleições de 2018.
Porém, no dia 1º setembro, Blairo gravou um vídeo ao lado do ex-prefeito, Mauro Mendes, apoiando a sua candidatura ao governo de Mato Grosso. O ministro preparou um almoço de recepção à Mauro e sua coligação em uma chácara de festas da empresa Amaggi, em Sapezal (a 473 km de Cuiabá).
“Falam de ciúmes, não tem nada disso. Blairo tem o direito de apoiar quem ele quiser e fico feliz que estão recebendo apoio dele. Não tenho nada contra, as pessoas se precipitam e ficando falando demais”, argumentou Sachetti.
No entanto, após a gravação do vídeo, Sachetti frisa que o vídeo divulgado por Mauro não expressa o posicionamento de Blairo. Sob a alegação ferrenha - que amigos de longas datas e compadres - ele seria o único candidato que recebeu declaração de apoio, com pedido de voto por parte do progressista.
Outro assunto comentado na entrevista na rádio, foi a questão do estudoda Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que apontou o uso de agrotóxicos pelo candidato em suas plantações. Ele argumenta que acredita que a UFMT apontou um estudo e não uma pesquisa técnica cientifica, pois não haveria coerência.
“Fico questionando porque a UFMT não faz uma pesquisa para o volume deuso dos agrotóxicos. Deveriam fazer uma pesquisa para reduzir o uso de tantos defensivos e não ficarem apontando quem usa. Não usamos esse produto porque queremos, mas por ser necessário, não só aqui, no mundo inteiro”, disse.
Segundo Adilton Sachetti, os produtores não “gostam” de usar o agrotóxico, pois é mais caro e ainda corre o risco de não conseguimos a renda suficiente. Ele diz que as pessoas especulam o assunto sem ter conhecimento e esclarece o assunto.
“Pelo amor de Deus, fiquem bem esclarecidos. Para nós usarmos defensivos, temos que seguir uma série de requisitos. Não é simplesmente vamos e usar e pronto. Eu sigo corretamente em minhas plantações”, apontou.
Ele apoia a PL 6299/2002, que já ganhou o apelido - principalmente nas redes sociais de ambientalistas e artistas -, como a PL do Veneno.
Ele defende que, - o projeto que moderniza a legislação de defensivos agrícolas no país -, o Brasil estaria atrasado em relação a outros países sobre o que 'pode ser usado de novo no setor, como moléculas mais seguras, mais eficientes e menos tóxicas'.
E ainda que 'leva-se esse medo para a sociedade tentando enganar as pessoas. Nenhum agricultor vai usar na sua lavoura um produto que tenha chance de comprovadamente trazer risco à saúde de alguém. Porque nós vivemos do que fazemos e fazemos agricultura moderna e segura', ainda revela.
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