Da Redação
(Foto: Secom/ MT)
O secretário de Estado de Infraestrutura (Sinfra), Marcelo Duarte, disse em entrevista a jornalistas que entende a posição do Tribunal de Contas do Estado (TCE) por suspender o edital da compra de pontes de concreto, mas discorda dos valores apresentados em relação a licitação para a compra dos chamados “kit pontes” no montante de R$ 202 milhões. Após a suspensão do edital pelo Tribunal de Contas, a Sinfra irá recorrer a decisão.
O edital prevê a compra de pontes de concreto para substituir outras de madeira em diversos pontos das rodovias estaduais.
Em conversa com jornalistas na última quinta-feira (21), Duarte ainda disse que melhorias são necessárias no edital e que irá contra argumentar de forma técnica, como é de costume, mas não dá para desistir de um projeto ambicioso como esse.
Em maio, a conselheira interina Jaqueline Jacobsen Marques suspendeu a licitação por indícios de sobre preço e no dia 20 de junho o Pleno do TCE homologou a suspensão.
“Mato Grosso não merece que a gente desista. Nós temos 1.200 pontes de madeira no Estado e precisamos de soluções arrojadas e diferenciadas para arrumar estes problemas e fazendo essas pontes uma por vez a gente vai levar 200 anos para conseguir atingir a meta”, declarou Duarte.
Um dos apontamentos feitos pelos auditores do TCE é que um edital anterior - cancelado pela Sinfra -, previa a compra de 225 pontes a mais por praticamente o mesmo valor que a licitação que foi suspensa pelo órgão.
“Ausência de dados capazes de revelar a autoria de diversas planilhas orçamentárias utilizadas pela Sinfra, para justificar a contração de 300 kits pontes, com valor estimado em R$ 202,3 milhões, as quais, inclusive, encontram-se sem o amparo da correspondente ART, além de que na licitação inicial 05/2017, que foi substituído pelo RDCI 01/2017, o valor era de R$ 201 milhões para a aquisição de 525 kits pontes, o que demonstra uma grande diferença no comparativo entre preços e as quantidades estimadas”, destaca a decisão da conselheira.
A Sinfra se opõe a possibilidade de sobre preço e afirma que a licitação foi feita com valores praticados no mercado e seguindo a tabela de referência no Brasil, a Tabela Sicro elaborada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.
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