Da Redação
(Foto: Luis Vinicius/ HiperNotícias)
A juíza Selma Arruda, titular da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, nesta quinta-feira (05), prestou depoimento aos delegados, responsáveis pelas investigações dos grampos ilegais no Estado, Ana Cristina Feldner e Flávio Stringueta.
A juíza foi até o local após ser intimada a depor, afim de prestar esclarecimentos sobre um ofício encaminhado ao governo do Estado, Ministério Público Estadual (MPE) e a Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). No qual denunciava possível ”barriga de aluguel” na operação “Forti”.
A operação em questão foi deflagrada pela Polícia Civil, em fevereiro de 2015. Era comandada pela Inteligência da Policia Judiciária Civil e tinha como objetivo, investigar crimes ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho de Mato Grosso (CV).
Em ofício, a magistrada informou que os números supostamente grampeados pertenciam a Tatiana Sangalli Padilha e Caroline Mariano dos Santos (ex-assessora), ambas ligadas ao ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques, foram grampeados ilegalmente na operação.
Outro fato evidenciado no ofício foi que a responsável pela inserção dos números grampeados na operação era, na época, a delegada Alana Cardoso. A delegada, em depoimento este ano, no início das investigações, já afirmou que a inserção dos números foi realizada a pedido da delegada Alessandra Saturnino que, posteriormente, assegurou que estava cumprindo um pedido de Paulo Taques.
Após o depoimento, a magistrada deixou o Complexo Miranda Reis de Juizados Civil e da Fazenda Pública, sem falar com os jornalistas no local.
Operação Esdras
Na manhã desta quarta, a Operação Esdras, que também investiga os grampos ilegais foi deflagrada pela Polícia Civil. Na ocasião, foram cumpridos mandados de prisão contra o secretário de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Benedito Siqueira, o ex secretário-chefe da Casa Militar, coronel Evandro Lesco, sua esposa, Helen Lesco, o ex secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, o ex-secretário de Estado de Segurança, Rogers Jarbas, o 2° sargento João Ricardo Soler e José Marilson da Silva, proprietário da empresa que desenvolveu o sistema de monitoramento clandestino, comandado pela PM.
Já o coronel Pinheiro, atual corregedor-geral da Polícia Militar foi conduzido coercitivamente e o major Michel Alex Ferronato, responsável pela Escola Superior de Inteligência de Mato Grosso (Esimat), que também teve um mandado de prisão expedido, até o momento não cumprido, porque o oficial está em Goiânia (GO), realizando uma palestra. Em contato com os responsáveis pelas prisões, o major garantiu que vai se apresentar as autoridades assim que voltar de viagem.
O ex-comandante geral da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa, que já está preso no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças, ganhou mais um mandado de prisão com a nova operação.
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