Wellyngton Souza
(Foto: Reprodução)

O servidor do Tribunal de Contas Marcos José da Silva e sua esposa, Jocilene Rodrigues Assunção foram conduzidos coercitivamente para depor sobre a nova fase da Convescote deflagrada na manhã desta quinta (30).
Marcos é apontado como o chefe da organização acusada de desviar recursos públicos por meio de contratos fraudados conveniados com a Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faespe). Além do casal, outras nove pessoas foram presas em junho deste ano, entre servidores públicos, funcionários da fundação e empresários.
O advogado Eduardo Cesar de Mello também é um dos alvos. Ele foi conduzido à sede do Gaeco e deve prestar depoimento aos promotores de Justiça. Mello foi citado na delação premiada de Hallan Gonçalves Freitas, funcionário da Faespe.
O delator afirmou que emitiu notas frias e depositou quantias nas contas do advogado. Mello também foi citado na confissão do advogado e ex-procurador-geral de Cuiabá, Fernando Biral.
Está sendo cumprido oito mandados de condução coercitiva e oito de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá, Cáceres, Primavera do Leste e Rio de Janeiro, todos expedidos pela Vara Especializada do Crime Organizado da Capital.
A operação visa desarticular organização criminosa engendrada para saquear os cofres públicos, notadamente recursos públicos da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso e Tribunal de Contas do Estado.
Entre os alvos dos mandados estão servidores da ALMT e TCE, bem como empresários e um advogado. As sedes da FAESPE, FUNRIO e Associação Plante Vida também são objeto de busca e apreensão por agentes do Gaeco. Além do crime de constituição de organização criminosa, também há indicativos da prática de peculato e lavagem de dinheiro.
As fases anteriores originaram denúncias contra 23 investigados, contudo, investigações complementares indicaram o envolvimento de mais pessoas na organização criminosa, além de revelar que o desvio de recursos públicos é bem maior do que fora apurado anteriormente.
A operação contou com apoio de policias do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Força Tática de Várzea Grande e Cáceres e Gaeco do Estado do Rio de Janeiro.
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