Mayara Campos
Única News
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), disse que tentou sensibilizar a gestão municipal de Chapada dos Guimarães (a 67 km de Cuiabá), para que considerasse o cancelamento da festa de Ano Novo na cidade. Ele afirmou ainda que a situação é preocupante, pois pode impactar no aumento de casos de Covid-19 e gripe em toda a região da baixada cuiabana.
“Pedi que reavaliasse, não posso pedir que não. Claro que isso preocupa. Não existe fronteira para a vida. Tem fronteira geográfica, mas somos um só estado. Cuiabá é ligada a Várzea Grande, ligada a Leverger, a Livramento. Todas essas relações das pessoas que convivem não deixa de ser um risco. Entretanto, a decisão foi tomada. O prefeito tem esse direito, agora é tentar minimizar o máximo o impacto. Tentamos sensibilizar e não foi possível. Então agora é tentar minimizar o impacto e nossa equipe de saúde está discutindo isso”, explica Pinheiro.
A festa em Chapada dos Guimarães atrai público de todo o Estado, e as pessoas podem acabar suscetíveis à transmissão de doenças, e correr o risco de levar para suas cidades. O sistema de saúde já está com unidades lotadas em cidades como Cuiabá e Várzea Grande, devido ao surto de Influenza.
O gestor cuiabano disse à imprensa durante a noite de quinta-feira (30), que conversou com o secretário de Chapada, Gilberto Melo, pedindo pela suspensão da festa. Anteriormente, Pinheiro se encontrou com os prefeitos da Baixada Cuiabana para tratar sobre as festividades. A maioria cancelou os eventos, em vista do risco à saúde da população.
Mesmo contrário à festa, o emedebista disse que entende a intenção do prefeito da cidade turística, Osmar Froner de Mello (MDB), pois o município teve sua principal renda abalada, com a falta de turistas durante a pandemia.
“A gente conversa, mas o prefeito tem autonomia, tem liberdade. Chapada é um município que está carecendo de tudo e é uma oportunidade de receber turistas, circular recursos do município, impostos, geração de emprego e renda. Eu entendo a preocupação do meu amigo, Osmar Froner. Mas o momento não é o mais adequado. Isso é uma opinião minha, onde eu tenho jurisdição, que é Cuiabá”, finalizou Emanuel.
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