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POLÍTICA Quinta-feira, 15 de Fevereiro de 2018, 19:00 - A | A

15 de Fevereiro de 2018, 19h:00 - A | A

POLÍTICA / INVESTIGAÇÃO CONTRA PREFEITO

Welaton volta a defender saída de Adevair e afirma que CPI não irá acabar em pizza

Wellyngton Souza



(Foto: Secom/Câmara)

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O vereador Felipe Welaton (PV), voltou a defender o afastamento do relator da CPI do Paletó, Adevair Cabral (PDT), da comissão que investiga o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). Em entrevista ao Jornal do Meio Dia, exibido pela TV Vila Real, nesta quinta (15), o vereador disse que essa CPI não será esquecida como as outras e negou que a investigação deve acabar em pizza.  

 

 

"Tem procedimento formal e temos que cumprir. Primeiro ele solicitou as reuniões fechadas da CPI e agora recebe documento e não repassa conforme protocolo. Isso está claro que é obstrução da Justiça. A gente não vai deixar que ela tenha cheiro de pizza", disse.

 

 

Adevair é acusado por outros vereadores de obstrução por esconder um documento encaminhado pelo Valdecir se justificando que não poderia estar presente na primeira oitiva da CPI. Ele é responsável pela instalação da câmera que flagrou deputados estaduais recebendo e cobrando suposta propina do ex-chefe de gabinete do ex-governador, Silval Barbosa, Silvio Cézar. O mesmo documento deveria ser protocolado da Casa de Leis e entregue no gabinete do presidente da CPI.

 

 

Para se justificar, o parlamentar revelou que o recebimento foi uma confusão feita pela sua secretária, Sandra Regina. “Inclusive pedi para que ela viesse explicar para as pessoas. Não foi o próprio Valdecir que entregou, foi uma outra pessoa. O rapaz tentou entregar no gabinete do presidente, mas ele não estava na Câmara e deixou no meu gabinete”, explicou Adevair.

 

A primeira oitiva foi marcada por trocas de insultos e muitas discussões entre os parlamentares. Um dos depoimentos mais esperado é do ex-gestor estadual, Silval Barbosa, que nas últimas semanas confirmou que irá responder a todos os questionamentos já prestados na delação premiada, homologada em agosto de 2017, pelo ministro Luiz Fux do Supremo Tribunal Federal (STF).  

 

 

A CPI foi aberta contra o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), à época deputado estadual, que aparece recebendo maços de dinheiro, chegando a esconder parte dele no bolso do paletó - origem que deu nome à investigação.

 

 

Em sua delação premiada, Silval afirmou que os valores seriam referentes a um mensalinho, pagos a deputados para que não fossem contrárias as contas de governo e que não fiscalizassem as obras que estavam sendo realizadas para a Copa do Mundo de 2014.  

 

 

 

A CPI é formada pelos vereadores Marcelo Bussiki (PSB), Adevair Cabral (PSDB) e Mário Nadaf (PV), que ocupam os cargos de presidente, relator e membro da comissão, respectivamente. Eles apuram se Emanuel Pinheiro cometeu quebra de decoro e obstrução da Justiça. Ao todo, os membros terão 120 dias para encerrarem as investigações.

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