Lara Belizário
(Foto: Secom/Câmara)

O vereador Felipe Wellaton (PV), afirmou em entrevista ao Jornal do Meio Dia, nesta sexta-feira (22), que a Comissão Especial para revisão do quadro de servidores da Câmara já propôs uma redução de mais de 100 cargos comissionados para o ano de 2018. No entanto, alertou que nem todos os parlamentares concordam com a medida.
Uma prova dessa divergência entre os vereadores foi a recontratação de 80 servidores, divulgada no Diário Oficial da última quarta-feira (20) e quinta feira (21). Para cada parlamentar, foram recontratados 1 chefe de gabinete, com a data retroativa para o dia 1° de dezembro, e mais três servidores, sendo o retroativo do dia 11 deste mês.
A lembrar que, além do retroativo, o recesso da Casa se inicia nesta sexta e, portanto, logo que contratados os funcionários já iniciariam os trabalhos com um longo período de férias.
O presidente da Casa de Leis, o vereador Justino Malheiros Neto (PV), exonerou 460 servidores da Câmara no dia 9 de outubro. A medida foi uma resposta a decisão judicial que suspendeu a suplementação orçamentária no valor de R$ 6,7 milhões, proferida no dia 31 de agosto, e deixou a Câmara em dificuldades orçamentárias.
Por isso, uma Comissão Especial para revisão do quadro de servidores foi criada no dia 24 de outubro. O vereador Gilberto Figueiredo (PSB), Marcos Veloso (PV) e Chico 2000 (PR) ficaram a frente dos trabalhos, com o objetivo de encontrar uma solução para que a Câmara não corra o risco de uma nova demissão em massa nos próximos anos.
Com os trabalhos da comissão, Wellaton assegurou que é possível a redução e um enxugamento nos cargos comissionados, a partir da proposta de redução que os vereadores apresentaram.
"Pretendemos fazer esse enxugamento. Eu defendo um gabinete mais enxuto e com pessoas técnicas. É logico que é necessária uma discussão entre os 25 vereadores. Mas nem todos concordam com essa redução. Entretanto, a comissão tem realizado um bom trabalho e eu apoio essa alternativa". afirmou.
Para Wellaton, ainda há tempo de resgatar um pouco da credibilidade da Casa Legislativa, a medida que os vereadores trabalhem para um melhor controle de orçamento, com o dinheiro do contribuinte. No entanto, o parlamentar esclareceu que cada vereador pensa de um jeito e que independente da área, a decisão da maioria deve prevalecer.
"Penso que o político tem que servir a população e não se servir. Quem não seguir esse caminho certamente não será reconhecido na próxima eleição ou pelos eleitores. Na visão de alguns políticos, esse é o momento de ser servidor público e não servir o povo", declarou.
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