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POLÍTICA Quinta-feira, 31 de Agosto de 2017, 10:50 - A | A

31 de Agosto de 2017, 10h:50 - A | A

POLÍTICA / EFEITO DELAÇÃO

Wilson desmente acordo de R$ 10 mi e entra com ação contra delator

Por Lara Belizário/ Única News



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O secretário estadual de Cidades e deputado estadual licenciado, Wilson Santos, revelou nesta quinta-feira (31), em entrevista a uma rádio na Capital, que vai processar o ex-governador, Silval Barbosa. A ação seria uma resposta a um dos depoimentos da delação premiada do ex-gestor ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, em que acusa o secretário de aceitar vender sua candidatura de 2010, por R$10 milhões.

 

Naquele ano, conforme a delação, o atual secretário estaria em terceiro lugar nas pesquisas. E, em uma negociação, Wilson teria dito que se sentiria mais ‘à vontade’ se fechasse um acordo com Silval de R$ 10 milhões e, assim, ele liberaria prefeitos e lideranças - para apoiarem Silval e garantir a vitória ainda no primeiro turno. A reunião teria acontecido no apartamento do ex-senador Osvaldo Sobrinho (PTB), primo de Santos.

 

"A acusação do Silval a mim vai render a eles na semana que vem. Eu vou processá-lo por injúria, por calúnia e por difamação", afirmou Wilson em resposta às declarações do ex-gestor.

 

Durante a entrevista, Santos declarou que os depoimentos de Silval contra sua pessoa são "uma tremenda bobagem e uma maldade". E, justificou que nunca venderia sua candidatura, alegando que já passou por 11 eleições e, por isso, não venderia.

 

No entanto, não negou o encontro com Silval na casa de seu primo. E, ainda afirmou que aceitou um encontro após muita insistência do ex-gestor.

 

"Ele - Silval - tem a prática de cooptação e tentou me cooptar. Procurou meu primo Osvaldo Sobrinho, insistentemente, até que eu aceitei. Nós fomos ao apartamento do meu primo, conversamos e ele veio com essa proposta, e quebrou a cara comigo porque não é do meu feitio", afirmou Wilson, durante a entrevista.

 

Segundo o secretário, na reunião também não ficou especificado valores. "Em nenhum momento falou-se em números, isso é invenção dele - Silval -. Deve ter fumado maconha estragada lá no Carumbé.... No processo político, não é proibido que os candidatos conversem, mas em nenhum momento da reunião discutiu-se cifras e valores, isso é coisa da cabeça dele", afirmou.

 

Sobre as delações, Santos ainda acrescentou que não acredita que 100% das declarações de Silval sejam verdadeiras. No entanto, reiterou que apesar dos falsos depoimentos, a delação possui seu lado positivo, na medida em que traz à tona aqueles políticos que cometeram atos ilícitos.

 

Na última quarta-feira (30), o secretário já havia se posicionado sobre a delação de Silval. Alegando que o ex-gestor distorceu os fatos. "Foi ele que confessou perante o Ministério Público Federal (MPF) que cooptou o deputado Guilherme Maluf, o meu vice de chapa à época, Dilceu Dal Bosco, Júlio Campos, e nessa linha criminosa tentou me cooptar”, diz trecho da nota.

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