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POLÍTICA Sexta-feira, 14 de Outubro de 2016, 14:38 - A | A

14 de Outubro de 2016, 14h:38 - A | A

POLÍTICA / VENTRÍLOQUO

AL-MT exonera servidor envolvido em esquema que desviou R$ 9.5 milhões

Francisvaldo Mendes Pacheco recebia R$ 11,8 mil e era chefe de gabinete do deputado estadual Romoaldo Junior (PMDB)

Diego Frederici / Única News



(Foto: AL-MT)

 

A mesa diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT) exonerou o chefe de gabinete do deputado estadual Romoaldo Junior (PMDB). Ambos, funcionário e parlamentar, são investigados na operação "Ventríloquo", deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e que investiga uma organização criminosa que desviou R$ 9,5 milhões dos cofres públicos.

 

A exoneração foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) que circula nesta sexta-feira (14). 

 

Com salário de mais de R$ 11,8 mil, Francisvaldo pleiteava o valor de 1% sobre o pagamento de uma dívida que a AL-MT possui com o HSBC. De acordo com os autos do processo, em torno de R$ 9,5 milhões, valor da dívida, foram pagos a lobistas, advogados e parlamentares pois, segundo o próprio Romoaldo Junior, ela só seria quitada se houvesse "vontade política".

 

Francisvaldo foi preso no dia 05 de outubro após a deflagração da segunda fase da operação "Ventríloquo", chamada "Filhos de Gepeto".

 

Ventríloquo 

 

De acordo com a denúncia, assessores, advogados e parlamentares estaduais teriam constituído uma organização organização criminosa entre os anos de 2013 e 2014. 

 

Segundo investigação do Gaeco, a Assembleia Legislativa contratou um seguro junto ao antigo Bamerindus Companhia de Seguros nos anos 1990 (hoje HSBC), porém, não quitou os valores devidos, o que levou à Seguradora ingressar com a ação de execução no ano de 1997.

 

Passados quinze anos, em meados de 2012, com a ação judicial ainda em andamento, o advogado Julio Cesar Domingues Rodrigues, atendendo aos ditames dos demais integrantes do bando criminoso, procurou Joaquim Fabio Mielli Camargo se dizendo intermediário da AL-MT e se colocando à disposição para negociar referidos valores. 

 

Segundo os promotores, entre os meses de fevereiro à abril de 2014, os denunciados subtraíram cerca de R$ 9,48 milhões em proveito próprio e alheio valendo-se da condição de funcionários públicos de alguns de seus membros.

 

 De acordo com declaração presente na decisão que deflarou a "Filhos de Gepeto", Rodrigues afirmou que a maior parte dos 45% pedidos por Riva pelo pagamento da dívida foram repassados, na verdade, ao deputado Romoaldo Junior. 

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