06 de Junho de 2025
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POLÍTICA Terça-feira, 03 de Junho de 2025, 17:34 - A | A

03 de Junho de 2025, 17h:34 - A | A

POLÍTICA / MANTINHA "ESCRAVA SEXUAL"

Câmara instaura processo para cassar vereador preso por pedofilia em MT

Os integrantes da comissão tem até 90 dias para apresentar um parecer final, podendo encerrar o processo antes do prazo final

Christinny dos Santos
Única News



A Câmara Municipal de Canarana aprovou, em sessão ordinária, a abertura da Comissão Processante para cassar o mandato do vereador e médico Thiago Bitencourt Ianhes Barbosa, preso por estupro de vulnerável e por produzir, armazenar e compartilhar conteúdos de abuso sexual infantil. O criminoso também foi afastado de suas funções na Casa de Leis.

Thiago Bitencourt foi preso no último sábado (31), após investigações da Polícia Civil constataram que ele se relacionava com uma adolescente de 15 anos, de quem abusava desde os 12, a mantendo como "escrava sexual” e a usando para abusar sexualmente de uma criança de 2 anos, sobrinha da garota. Durante a ação policial, foram apreendidos diversos materiais relacionados a crimes de pedofilia produzidos e vendidos pelo próprio vereador.

Acompanhe o caso

O afastamento do vereador foi anunciado pela Câmara, que informou cumprir o Art. 39, §4º da Lei Orgânica Municipal, que determina que o vereador poderá se licenciar independentemente de requerimento. Destaca-se ainda que “considerar-se-á como licença o não comparecimento às Sessões dos Vereadores, privados temporariamente de sua liberdade, em virtude de processo criminal em curso”.

Com o vereador já foi afastado, a Câmara aprovou em sessão ordinária a abertura Comissão de Investigação e Processante para apurar quebra de decoro parlamentar, que pode resultar na cassação de Thiago Bitencourt. Será presidida pelo vereador André da Madeireira (PSDB), fará relatoria o vereador Rafael Govari (União), tendo como membro o vereador Investigador Gustavo (Republicanos).

Os integrantes da comissão tem até 90 dias para apresentar um parecer final, podendo encerrar o processo antes do prazo final.

Repercussão

Bitencourt integrava o Partido Liberal (PL), mas teve sua filiação suspensa após o escândalo criminoso. A confirmação do ato foi feita pelo presidente estadual do partido, Ananias Filho. “Os fatos são muito graves, então, como presidente do PL, determinei que ele está suspenso. Ele está fora do partido preventivamente e vamos iniciar o processo de desfiliação”, afirmou Ananias.

Além disso, o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) também instaurou sindicância para apurar a conduta do médico. Mas a abertura, ou não, de um processo ético contra o profissional só ocorrerá após prévia averiguação.

Crime

Além da criança e da adolescente que o criminoso mantinha como “escreva sexual”, a Polícia Civil chegou a outra vítima, também de 15 anos, que sofria com os abusos. Ela foi identificada através do conteúdo de pedofilia apreendido na residência do médico, que foi alvo de mandado de busca e apreensão.

A adolescente de 15 anos com quem o criminoso mantinha “relação”, enviava fotos da sobrinha de 2 anos nua para o pedófilo. A denúncia que levou à prisão do vereador aconteceu por parte do próprio pai da bebê, que é cunhado da adolescente. Ele sabia que a menor realizava todos os desejos do criminoso. Posteriormente, todas as informações foram confirmadas pelas autoridades que investigam o caso.

Entre os materiais apreendidos na residência do criminoso, havia brinquedos, roupas e sapatos de crianças com idades entre 1 e 2 anos. Entre os itens chocantes, havia também brinquedos sexuais e de sadomasoquismo.

Durante as investigações, as autoridades apuraram que o criminoso utilizava sua posição como médico para ter acesso e se aproximar das vítimas, principalmente aquelas que estavam em situações de vulnerabilidade. 

Prisão

O médico e vereador por Canarana (a 642 km de Cuiabá), Thiago Bitencourt Ianhes Barbosa, de 40 anos, foi preso no sábado (31) por estupro de vulnerável e por produzir, armazenar e compartilhar conteúdos de abuso sexual infantil. O estuprador produzia vídeos abusando das menores e vendia os conteúdos.

A Justiça manteve a prisão do médico. A decisão foi tomada durante audiência de custódia realizada no domingo (1º), pelo juiz Carlos Augusto Ferrari, durante o plantão judiciário. O processo tramita em segredo de Justiça, priorizando manter a identidade das vítimas sob sigilo.

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