Da Redação
(Foto: Reprodução)
O procurador aposentado do estado, Chico Lima confessou ter sido beneficiado com mais de R$ 600 mil em esquema de propina chefiado pelo ex-governador Silval Barbosa.
À juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, Chico Lima afirmou na tarde desta sexta (28), que parte da denúncia contra ele é verdadeira. Além de Chico Lima, também será ouvido o ex-secretário de Fazenda, Marcel de Cursi. O procurador aposentado é apontado pelo Ministério Público Estadual de um ser um dos articuladores de um esquema de desapropriação de um terreno no bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá. O esquema teria desviado cerca de R$ 15,8 milhões dos cofres públicos.
"Participei de apenas algumas coisas no esquema para que fosse efetuado a desapropriação do terreno. Eu dei o parecer no processo, que foi reapreciado por dois outros procuradores e eu apresentei realmente o proprietário da área ao ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf e interferi de certa maneira para que fosse efetuada essa desapropriação", disse.
Além do valor da propina de R$ 200 mil, o procurador afastado diz que recebeu de Filinto mais R$ 480 mil de valor de negócios anteriores que tinha com o empresário. Chico Lima afirma que tinha um negócio antigo com o empresário do ramo de factoring e delator, Filinto Muller, que foi o operador da lavagem de dinheiro e repassou valores ilícitos da desapropriação ao ex-procurador.
Chico diz que o Estado não tinha orçamento para pagar a desapropriação e, em determinada ocasião, Nadaf colocou o assunto em pauta no Condes e pediu que Arnaldo Alves fizesse remanejamento orçamentário.
Chico Lima afirmou da dívida do ex-governador Silval Barbos com o empresário Valdir Piran. "O Nadaf me falou que o governador tinha o compromisso de pagar uma dívida com Valdir Piran. Na época em falou que era R$ 10 milhões".
O ex-secretário Marcel de Cursi teve mandato de prisão cumprido em setembro de 2015 por determinação da magistrada. Entretanto foi solto por autorização do desembargador do Tribunal de Justiça (TJMT), Alberto Ferreira de Souza, no último dia 11.
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