Ari Miranda
Fred Moraes
Única News
Questionado sobre as movimentações de grupos da Direita de todo o país para a manifestação marcada para o próximo domingo (16), na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (UB) - que nas eleições de 2022 fez campanha para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) -, disse que mesmo tendo um posicionamento de direita e discordando do presidente Lula da Silva (PT) em diversos pontos, não apoia o movimento “Fora Lula”.
A afirmação foi feita a jornalistas nessa terça-feira (11), ocasião em que o chefe do Palácio Paiaguás lembrou que o presidente, assim como ele, foi escolhido pelo voto popular e que um impeachment por mera discordância seria algo inviável.
“Eu não vou fazer nenhum movimento ou endossar nenhum movimento contra o presidente da República. Eu posso discordar dele, como as pessoas podem discordar de mim como governador, isso faz parte da democracia. Mas se ele foi eleito, tomou posse... se tiver que fazer alguma crítica, ela será responsável e respeito. Eu não vou entrar em nenhum movimento desse sentido”, destacou.
Mendes, no entanto, disse que apoia o movimento no tocante ao pedido de anistia aos presos do "8 de Janeiro", petição que tem seu apoio irrestrito, voltando a afirmar que houve uma “dosimetria” errada do Supremo nas penas aos envolvidos nos atos de vandalismo às sedes dos Três Poderes.
"Eu já expressei em diversas oportunidades a minha opinião, e reafirmo aqui: Aquelas pessoas agiram de forma equivocada. Elas não poderiam ter invadido o Congresso, invadido o Supremo, quebrado e feito aquilo que fizeram. Mas a pena que está sendo aplicada a elas não tem razoabilidade, comparado com outros crimes que são cometidos no país. Eu já vi o Supremo soltar em decisões bandidos, criminosos, traficantes, e não estão soltando os cidadãos que foram lá [no Congresso]. Eles erraram? Erraram. Mas 17 anos de prisão?”, questionou.
“E aqueles caras que matam, que cortam cabeça, que arrancam coração, um traficante de drogas, ele destroça famílias, destrói uma sociedade, destrói valores de uma sociedade, e muitas vezes o Supremo solta, a justiça brasileira solta? Então, é isso que eu estou dizendo com muita clareza: eu não concordo. Aquelas pessoas erraram, precisam ter uma pena, mas não 17 anos de prisão”, concluiu.
Reprodução

Adesivaço "Fora Lula" será realizado em Cuiabá.
MANIFESTAÇÃO ALTERNATIVA
A manifestação marcada para o próximo domingo (16) também ocorreria em Cuiabá e em outras capitais do país, simultaneamente. Porém, a pedido do próprio Jair Bolsonaro, o movimento foi todo concentrado na orla de Copacabana.
A informação foi publicada no final de fevereiro pelo empresário Rafael Yonekubo, militante do movimento “Direita Mato Grosso” e filiado do PL em Mato Grosso.
Diante disso, o movimento desenvolveu como alternativa aos apoiadores do ex-presidente e que não poderão ir ao evento no Rio, um "adesivaço", que será realizado no sábado (15) na avenida Getúlio Vargas, em frente ao Colégio Liceu Cuiabano; e no domingo (16) na Praça 8 de Abril, a “Praça do Choppão”.
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