Luana Valentim
(Foto: Arquivo/Gcom-MT)

O secretário de Planejamento de Mato Grosso, Guilherme Muller, afirmou que o governador Pedro Taques tomou todas as providências para equilibrar as contas públicas e explicou que todas as gestões possuem “restos a pagar”.
Ao tentar justificar os salários de dezembro dos servidores públicos que não serão quitados dentro deste mandato do gestor tucano, já que a previsão é de que o pagamento seja feito no mês de janeiro pelo gestor que estiver no comando do Governo do Estado. E que estes débitos são registrados como restos a pagar, pontuando, que a medida é considerada natural já que os salários têm sido pagos até o dia 10 do mês subsequente.
As declarações feitas em entrevista à Rádio Mega FM, nesta terça-feira (31), foram dadas como resposta ao pré-candidato ao governo Mauro Mendes (DEM), que vem tecendo duras críticas à a gestão financeira do governador Pedro Taques.
Conforme o secretário, que também foi titular da pasta de Planejamento na gestão Mauro Mendes, é comum sobrar dívidas de um ano para o outro. Assim isto não seria "uma característica do governo Pedro Taques".
Mauro Mendes afirmou recentemente que o tucano entrou o ano 2018 com pelo menos R$ 3 bilhões de dívidas inscritas em restos a pagar. Já Muller lembrou que o secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, já teria explicado a situação e que o número informado por Mendes não seria real.
“No ano passado o valor de restos a pagar foi em torno de R$ 1,7 bilhão. Desse montante, R$ 700 mil são referentes a folha de pagamento de dezembro que é paga no dia 10 de janeiro. Se você pegar um histórico, nunca é menos que R$ 1 bilhão [de restos a pagar], explicou o secretário.
Ele ainda afirmou que o ex-governador Silval Barbosa estornou valores de restos a pagar, ficando o valor oculto, inscrito em despesa do exercício anterior sem cobertura orçamentária.
“Esse assunto já virou polêmica por conta do período eleitoral. Começam a fazer comparações com o final do governo Silval, mas, no governo anterior, os restos a pagar foram estornados. Sempre existe essa incapacidade financeira. No Governo do Pedro Taques o quadro aumentou porque mudou a data da folha de pagamento. A folha de dezembro passou a ser restos a pagar porque o pagamento é efetuado em janeiro”, esclareceu.
Outro ponto destacado por Muller foram as medidas adotadas pelo Governo para promover o equilíbrio permanente das contas públicas. Ele citou a Emenda Constitucional 81, que ficou conhecida como PEC do teto dos gastos e a previsão em lei de um plano de recuperação fiscal no prazo de cinco anos, cujas medidas já são executadas.
Além do limite de gastos, o secretário também lembrou que será realizada a revisão dos incentivos fiscais, já em andamento com a aprovação da nova lei do Prodeic no mês passado pela Assembleia Legislativa, que garante renúncia fiscal à cadeias produtivas. O novo regime prevê ainda reforma da previdência, reforma administrativa, lei da eficiência dos gastos e revisão das leis que vinculam recursos a Fundos.
“As providências para buscar um equilíbrio permanente nas contas públicas já foram tomadas no final de 2017 por meio da Emenda Constitucional 81 que instituiu um novo regime fiscal. O governador Pedro Taques buscou todas as providências possíveis no sentido de equilibrar as contas públicas”, afirmou.
A crise econômica nacional, ainda de acordo com Muller, também é um fator determinante para a limitação de gastos, além da redução no valor dos repasses do Governo Federal. O Fundo de participação dos Estados (FPE) que a União repassa é vinculado a tributos como Imposto de Renda (IR) e produtos industrializados (IPI). Com a economia desacelerada, explicou, esses valores também diminuem. Diante desse cenário, é preciso estabelecer prioridades. Conforme afirmou o secretário, Pedro Taques elegeu saúde, segurança, educação e áreas sociais como foco dos investimentos.
“São fases difíceis que o Governo passou e vem passando, de tal forma que é preciso muito controle e estabilidade. Parece comum dizer que a prioridade é para educação, saúde, segurança e social, pois todo mundo diz isso. Mas a prova disso está no orçamento. A Constituição Federal estabelece 25% para a educação e estamos investindo 28%. Na saúde a exigência é de 12% do orçamento e estamos usando 14%”, informou Muller.
Ele também citou ações sociais de alto impacto, como o programa Pró-família, que promove distribuição de renda, a Caravana da Transformação, que realizou quase 70 mil cirurgias oftalmológicas em todas as regiões do Estado. (Com informações da Assessoria)
ENTRE EM NOSSO CANAL AQUI
RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS NO WHATSAPP! GRUPO 1 - GRUPO 2 - GRUPO 3