Euziany Teodoro
Única News
O senador interino Carlos Fávaro (PSD) explicou porque votou contra a Proposta de Emenda à Constituição, que determina um teto de juros de 30% sobre o cheque especial e cartão de crédito, enquanto durar a pandemia. De Mato Grosso, ele foi o único a votar contra a proposta e explica que ela é inconstitucional e populista.
“Eu não estou no Senado para fazer graça com a população, para tomar medidas populistas. Essa medida, que o Podemos e vários senadores queriam há muito tempo emplacar – é legítimo reduzir a taxa de juro, mas tem que fazer de uma forma, de uma maneira, que não fira a constituição –, o projeto é inconstitucional. É populismo aprovar esse negócio hoje”, afirmou, em entrevista neste sábado (8).
Fávaro adiantou que o projeto já foi barrado na Câmara dos Deputados, pelo presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), justamente por ser inconstitucional. “Você sabia que a Câmara dos Deputados nem acatou o projeto? Já morreu, já acabou, durou um dia, porque é inconstitucional. A forma que foi feita não existe e eu não estou no Senado para fazer graça e populismo com a população”, reafirmou.
"A forma que foi feita não existe e eu não estou no Senado para fazer graça e populismo com a população”, afirmou
Em cem dias no Senado, votou por projetos que reduzem os juros e também por linhas de crédito para ajudar pequenos empresários e agricultura familiar e seria o primeiro a votar a favor da redução de juros em novos projetos, mas isso deve ser feito dentro da lei.
“Com todo respeito aos colegas, mas a minha história fala do empreendedorismo, desde a reforma agrária, que busca o crédito para alavancar a economia, com juros subsidiados, baixos, para atender a população. Nesses 100 dias de mandato, várias matérias coloquei emenda. Trabalhamos, por exemplo, com linhas de crédito, com aval do Governo Federal, para micro e pequena empresa, com juros de 3,75% ao ano, carência, fácil para pagar. Geramos apoio à agricultura familiar e até para os profissionais liberais. Criamos uma linha de crédito com limite de R$ 100 mil e juros de 3,75% ao ano. Eu seria o último dos brasileiros a querer juro caro”, afirmou.
Para ele, a medida está sendo usada de forma politiqueira em Mato Grosso, pois seus adversários para as eleições suplementares ao Senado, que ocorrem em novembro, perceberam que ele é um forte candidato, na tentativa de validar o cargo que ocupa temporariamente.
“Aqui em Mato Grosso, como teremos uma eleição suplementar, meus adversários vem a capacidade de estar interagindo, trabalhando, nos dedicando no Senado e trazendo resultados e querem ficar procurando motivos para denegrir na imprensa, usando a imprensa de boa-fé para fazer politicagem. Chegou o momento de eleições e as pessoas começam a usar de politicagem para ludibriar o eleitor. Eu serei sempre verdadeiro, sempre a favor da população, mas sem populismo e sem tentar enganar a população com matérias sendo votadas no Senado, que não vão dar resultados práticos, mas dão discurso”, concluiu.
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