Ana Adélia Jácomo
Única News
A recente aprovação no Congresso Nacional de um aumento de R$ 164 milhões para o Fundo Eleitoral destinado às eleições de 2026 provocou reação do governador Mauro Mendes (União).
Em entrevista à imprensa nesta terça-feira (24), Mendes classificou a medida como "muito errada" e uma "grande incoerência", afirmando que o volume de dinheiro direcionado às campanhas é excessivo e "não está sendo sadio e saudável para a democracia brasileira".
"O Brasil está gastando dinheiro demais com as eleições. Isso não está sendo sadio e saudável para a democracia brasileira".
A desaprovação de Mendes ecoa preocupações já manifestadas na semana passada pelo presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi, que considerou o aumento "desproporcional" e um "absurdo", destacando a preocupação com o "rumo do nosso país em termos de endividamento".
O governador Mauro Mendes foi direto ao criticar a contradição entre a exigência do Congresso por cortes de despesas no governo federal e, ao mesmo tempo, o aumento de seus próprios gastos eleitorais.
"O Brasil está gastando dinheiro demais com as eleições. Isso não está sendo sadio e saudável para a democracia brasileira".
"Como é que ele aumenta a despesa no processo eleitoral? É uma grande incoerência", disparou. Mendes, que estava fora do país e não foi consultado sobre a votação, fez questão de deixar claro que se oporia à medida.
Para ele, o Fundão é um "gasto desnecessário" que "está criando privilégios" para quem está no poder.
Mendes alertou ainda para as consequências da decisão: "Vai trazer consequências para o país no curto espaço de tempo", minando a saúde do processo democrático.
O que é o Fundão Eleitoral
O Fundão Eleitoral é um fundo público criado em 2017. Ele serve exclusivamente para financiar as campanhas eleitorais dos candidatos no Brasil.
Sua criação ocorreu após o Supremo Tribunal Federal (STF) proibir as doações de empresas para campanhas em 2015, buscando uma nova forma de financiamento para as eleições.
O valor do Fundão é definido e aprovado anualmente pelo Congresso Nacional, por meio da Lei Orçamentária Anual (LOA), que estabelece como o dinheiro público será gasto no ano seguinte.
Os recursos vêm diretamente dos impostos pagos pelos cidadãos. A distribuição do dinheiro entre os partidos políticos é feita de forma proporcional ao tamanho de suas bancadas no Congresso (número de deputados e senadores).
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