Rayane Alves / Wellyngton Souza
(Foto: Única News)

O empresário Valdir Piran afirmou na tarde desta quinta (27), que as denúncias que envolvem o nome dele na quarta fase da Operação Sodoma são falsas.
A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, houve Piran sobre esquema que desviou cerca de R$ 15 milhões dos cofres públicos na gestão do ex-governador Silval Barbosa. Além dele, o ex-secretário estadual de Planejamento também foi ouvido.
"Comecei a ouvir comentários que tinha uma pessoa fazendo uma delação premiada e envolvendo meu nome. Soube por meio de muitas pessoas e então procurei o Ministério Público Estadual para me colocar à disposição. Para ajudar no que precisasse".
O empresário ressaltou que isso ocorreu em agosto de 2016. E que por diversas vezes veio a capital - por residir em Brasília, para prestar esclarecimento, porém as audiências eram adiadas. "Eu comprei 10 passagens áereas para o pessoal para que pudessem colaborar com a Justiça. Só que, por mais que tento ajudar, as coisas só complicaram. Até que recebi voz de prisão, uma supresa para min, pois sempre me coloquei a disposição".
Piran confessou empréstimo de R$ 5 milhões à Silval. E comentou ainda uma outra dívida no valor de R$ 10 milhões. "Tenho uma dívida e quero receber. Quero esclarecer que nem tudo que estão dizendo aqui e de acordo com os fatos. Silval, Pedro Nadaf Nada e Filinto contam alguma história. Mas, de todas, a versão real é a do Filinto. Silval era muito educado e muito paciente, mas ele te leva ao limite", relata.
Conforme o empresário, Silval até propôs quitar a dívida com cheque de terceiros. "Não aceitei. Meu acordo foi com ele e quero receber por nome dele. "Tinha uns que já estavam pré datados e devolvi. Queria pagamento que condiz com empresários. Silval disse que iria me pagar de outra forma. Fiquei esperando".
Segundo ele, depois, Filinto Muller o procurou, dizendo que iria assumir a dívida de Silval. O empresário aceitou porque conhecia Filinto. À princípio, era para pagar todo o valor de uma vez, mas acabou sendo pagado em várias vezes aleatórias.
Segundo as investigações, a Sodoma 4 foi deflagrada pela Delegacia Fazendária (Defaz) para investigar uma organização criminosa chefiada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e seus secretários na qual teriam desviado mais de R$ 15 milhões de uma transação de R$ 31 mi do governador estadual.
Além do desvio dos cofres públicos, o grupo também cobrava propina de empresários em troca de incentivos fiscais, superfaturamento de valores pagos por desapropriação de uma área denominada Jardim Liberdade, que possuía cerca de 55 hectares e ainda a manutenção de contratos com o Estado.
Também são réus no processo o ex-secretário da Casa Civil Pedro Nadaf, O ex-procurador do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o “Chico Lima”, advogado Levi Machado, o ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Silvio Cezar Corrêa Araújo entre outros.
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