Ana Adélia Jácomo
Karine Campos
Única News
O contrato dos radares em Cuiabá vence na próxima segunda-feira (7) e o prefeito Abílio Brunini (PL) já definiu sua prioridade para a fiscalização de trânsito na capital: o fim dos equipamentos que ele classifica como "caça-níqueis". A ideia é que os atuais radares sejam substituídos por lombadas eletrônicas com display de velocidade, consideradas mais eficazes na redução de acidentes.
"O que eu não quero mais no município de Cuiabá é caça-níquel. Esses radares escondidos que ficam lá, só aquela caixinha de pardal, aplicando multa e não conseguindo reduzir a velocidade do local", afirmou o prefeito. Para Abílio, esse modelo de radar "é um risco para a sociedade e vira só um ponto de arrecadação de recurso."
A transição, no entanto, apresenta desafios. Como os radares atuais são locados, uma eventual troca de empresa significaria a retirada de todos os equipamentos existentes e a instalação de novos. O prefeito já solicitou à secretária de Mobilidade, Tenente Coronel Vânia, que as empresas interessadas apresentem propostas focadas no modelo de lombada eletrônica.
Uma licitação completa para a contratação de novos equipamentos pode levar até nove meses, um tempo que a prefeitura não tem, visto que o contrato atual vence em 7 de julho. Por isso, a gestão estuda alternativas para garantir a continuidade da fiscalização.
"A saída vai ser um contrato emergencial para a troca desses equipamentos. Ou a adesão de ata ou a extensão do contrato atual, se a atual empresa oferecer um preço menor e se ela oferecer a substituição do modelo de empresa", explicou.
O prefeito reforçou que sua insatisfação não se limita à empresa atual, mas sim ao "formato" da fiscalização. "Meu problema não está sendo só a empresa. Meu problema está sendo o formato. Esse negócio de radar caça níquel não funciona, não funciona mais", frisou. Ele quer que qualquer nova empresa "tenha como foco a intenção de fazer a lombada eletrônica."
Sobre os custos, que tendem a ser maiores para lombadas eletrônicas, o levantamento financeiro ainda está sendo feito pela Secretaria de Mobilidade. A possibilidade de a mesma empresa atual permanecer no serviço, desde que troque os equipamentos, também está sendo avaliada pelos técnicos da pasta.
Abílio Brunini não descartou a possibilidade de Cuiabá ficar um período sem fiscalização eletrônica, caso a transição entre as empresas não ocorra de forma simultânea. "Pode acontecer [de ficar sem radares]. Se não resolver a questão da empresa e trocar de empresa, esses radares serão desativados", alertou.
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