Fred Moraes
Ari Miranda
Única News
Em coletiva de imprensa no Palácio Paiaguás nessa terça-feira (11), o secretário de Estado de Segurança Pública e coronel da Polícia Militar de Mato Grosso, César Roveri, garantiu que os crimes cometidos por servidores e membros das forças de segurança pública estadual não ficarão isentos de investigação no estado.
A afirmação foi feita por Roveri quando questionado sobre a prisão do soldado Wekcerlley Benevides de Oliveira, o cabo Wailson Alessandro Medeiros Ramos, os sargentos Leandro Cardoso e Heron Teixeira Pena Vieira, além de outro PM, que não teve o nome revelado, durante a Operação Office Crimes - A Outra Face, da Polícia Civil, por suposto envolvimento na morte do advogado e ex-presidente da OAB Mato Grosso, Renato Gomes Nery (72), em 5 de julho do ano passado.
RELEMBRE O CASO:
- Morre ex-presidente da OAB vítima de atentando na Av. Fernando Corrêa
- PM contratado para matar Renato Nery “terceirizou” execução para caseiro de chácara
Questionado sobre o envolvimento de seus subordinados no crime, o secretário foi categórico em afirmar que a Segurança Pública de MT não irá “passar o pano” para servidores públicos envolvidos em crimes.
“Eu já disse em várias entrevistas: Independente de ser funcionário público ou não ser funcionário público, todo tipo de crime, ele vai ser investigado, vai ser levado à Justiça para ser julgado. (...) Pode ser servidor da segurança, servidor de qualquer outra pasta, municipal, federal ou não”, afirmou.
“Nós tivemos delegados [de Polícia Civil] excluídos ano passado por cometimento de crime. Tivemos agora essa operação que prendeu os policiais militares. Como eu disse, independente de ser ou não ser funcionário público, as corregedorias abriram, os inquéritos são feitos, e a justiça vai dar o devido tratamento da questão judicial”, reiterou.
Quando perguntado sobre o envolvimento do sargento Heron Teixeira, um dos alvos da operação e que até o dia 28 de fevereiro deste ano estava lotado na Casa Militar de Mato Grosso, Roveri enfatizou que, à época do crime (julho de 2024), o militar ainda não fazia parte da equipe de seguranças do governador Mauro Mendes (UB).
“Eu expliquei no Tribunal de Justiça semana passada. O policial que é suspeito, [Heron Teixeira] não trabalhava na Casa Militar no ato do cometimento de crime do ex-presidente da OAB [Renato Nery]. Ele veio para o Governo em janeiro e saiu em fevereiro, à pedido [dele]”, enfatizou.
Além disso, César Roveri rebateu especulações feitas por jnornalistas na semana passada, de que houve um “vazamento de informação” dentreo da Segurança Pública de MT e que o sargento Heron Teixeira teria supostamente pedido o desligamento da Casa Militar de MT uma semana antes da operação por supostamente saber que seria um dos alvos da “Office Crime”, o que para o secretário foi apenas uma mera coincidência.
“Quando você vaza uma informação, é para você prejudicar alguma coisa. A investigação não foi prejudicada, os mandados judiciais foram cumpridos, os suspeitos presos, as investigações continuam e o processo judicial vai acontecer normalmente”, lembrou.
“Nada foi prejudicado, tudo foi cumprido. [Tanto] No caso do Renato Nery, como no caso do advogado Roberto Zampieri, no caso do camelô [Gersino Rosa dos Santos], no caso da chacina que nós tivemos lá em 2023 em Sinop, enfim”, pontuou.
Reprodução

O advogado e ex-presidente da OAB de Mato Grosso, Renato Gomes Nery. (in memoriam).
SERVIÇO TERCEIRIZADO
Segundo as investigações da DHPP, os sete dispars que mataram Renato nery foram efetuados pelo caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, preso na última quarta-feira (5) em Várzea Grande.
Conforme a Polícia Civil, o criminoso recebeu a empreita “terceirizada” de seu patrão, o sargento da PM Heron Teixeira, que teria sido a pessoa que também cedeu a arma do crime, uma pistola 9mm e a motocicleta usada na fuga, uma Honda Titan de cor vermelha, que foi encontrada parcialmente desmontada em uma oficina de motos, na cidade de Barão de Melgaço (104 Km de Cuiabá).
Heron, por sua vez, havia sido contratado por outra pessoa para matar Renato. O nome do mandante, no entanto, não foi revelado.
A Polícia Civil segue com as investigações do caso e a principal linha de apuração é a de que a morte de Renato Nery está relacionada a processos de disputa de terras.
ENTRE EM NOSSO CANAL AQUI
RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS NO WHATSAPP! GRUPO 1 - GRUPO 2 - GRUPO 3