Ari Miranda
Fred Moraes
Única News
Em conversa com jornalistas, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho (UB) disse que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu não conceder liminar a uma ação da Procuradoria Geral da República (PGR), que tenta derrubar a eleição da próxima Mesa Diretora do Parlamento para o Biênio 2025-27. O mérito da ação ainda será julgado, no entanto, o fato de não suspender a eleição imediatamente através da liminar, pode ser um indicativo de que o procedimento da Assembleia Legislativa será mantido.
Ocorre que, no final de outubro, a PGR ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) na Suprema Corte, questionando a escolha antecipada da Mesa Diretora da AL, que tem como presidente o deputado Max Russi (PSB). Prevista para acontecer no final de setembro, a eleição foi feita em comum acordo entre os deputados no dia 7 de agosto, a fim de não interferir nas eleições 2024, que estavam em pleno andamento.
“Como o STF não deu a liminar, nós entendemos que é possível ser mantida [a eleição da Mesa]. Vamos aguardar isso e discutir com a Procuradoria essa possibilidade”, enfatizou.
Sobre a possibilidade de a AL anular por conta própria a eleição anterior e fazer outra, "se adiantando" em relação à possível decisão do STF, Botelho não descarta a possibilidade, mas destaca que tudo dependerá da existência de meios legais para isso.
"Primeiro, nós temos que ver se existe essa prerrogativa legal pra nós mesmos anularmos uma eleição, por que a eleição [que tivemos] foi legal. E aí nós temos a nossa Constituição. Nós temos que discutir isso com a Procuradoria [do Legislativo] se existe caminho legal pra isso” disse Botelho.
Questionado se disputaria mais uma vez a eleição da Mesa Diretora, caso a Suprema Corte decida pela suspensão da Eleição de Max Russi ao cargo de presidente, Botelho voltou a negar qualquer interesse em disputar o cargo, concordando que seja mantida e reafirmada a chapa eleita, caso um novo pleito seja convocado.
"Sim, continuo com a mesma posição. Eu acho que foi uma eleição unanime, e não tem sentido nenhum nós mudarmos ela”, pontuou.
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