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VOLTA AO MUNDO Sábado, 26 de Junho de 2021, 08:30 - A | A

26 de Junho de 2021, 08h:30 - A | A

VOLTA AO MUNDO / CASO GEORGE FLOYD

Ex-policial Derek Chauvin é condenado a 22 anos e meio de prisão

CNN Brasil
Da Redação



O ex-policial Derek Chauvin, 45, foi sentenciado nesta sexta-feira (25) a 22 anos e seis meses de prisão pela morte de George Floyd. Os promotores do estado de Minnesota, no centro-oeste dos Estados Unidos, haviam pedido por 30 anos.

A decisão acontece após, em abril deste ano, um júri condenar Chauvin por três acusações: assassinato não-intencional em segundo grau, assassinato em terceiro grau e homicídio culposo, em um julgamento que foi considerado como um marco na história da polícia norte-americana.

Ele estava detido na prisão de segurança máxima do estado desde então.

Os promotores pediram por uma sentença de 30 anos de prisão, o dobro do limite permitido para alguém sem antecedentes criminais. O juiz do condado de Hennepin, Peter Cahill, decidiu mais cedo neste mês que os promotores estabeleceram condições para dar a Chauvin uma sentença mais rígida. O homem foi sentenciado pela acusação mais grave pela qual foi condenado, que poderia rendê-lo o máximo de 40 anos de detenção.

Chauvin falou brevemente no tribunal antes de ser sentenciado."Quero dar minhas condolências à família Floyd", disse. "Haverá outras informações no futuro que serão de seu interesse e espero que as coisas lhe dêem um pouco de paz de espírito."

Ele não detalhou que informações seriam essas.

Para a irmã de Floyd, Bridgett, a sentença mostra que "assuntos de brutalidade policial estão finalmente sendo levados a sério".

"A sentença dada hoje ao oficial de polícia de Minneapolis que matou o meu irmão George Floyd mostra que assuntos de brutalidade policial estão, finalmente, sendo levados a sério", disse.

Um vídeo de Chauvin, um homem branco, ajoelhado sobre o pescoço de Floyd, um homem negro de 46 anos, que estava algemado, por mais de nove minutos, causou ultraje ao redor do mundo e os maiores protestos vistos nos EUA em décadas. O ex-policial e três colegas abordaram Floyd por suspeitas de ter usado uma nota falsa de US$ 20.

Os demais agentes foram demitidos no dia seguinte à morte de Floyd e devem ser julgados no ano que vem, sob acusações de serem cúmplices do assassinato.

'Sentença histórica'
O advogado da família Floyd, Ben Crump, classificou a sentença como "histórica". "Essa sentença histórica leva a família Floyd e a nossa nação um passo mais perto da cura ao entregar uma conclusão e responsabilização. Desta vez, um agente policial que erroneamente tirou a vida de um homem negro foi responsabilizado", disse Crump e a família em um comunicado.

"Dia após dia, ano após ano, a polícia mata pessoas negras sem consequências. Mas hoje, com a sentença de Chauvin, damos um passo significativo à frente -algo que seria inimaginável bem pouco tempo atrás", continuaram.

Apesar de reconhecer a importância do caso, o promotor-geral de Minnesota, Keith Ellison, disse que o resultado "não é suficiente".

"Minha esperança é que ele [Chauvin] use esse tempo para aprender algo sobre o homem cuja vida ele tirou, e sobre o movimento que aparece para pedir por justiça após a morte e tortura de George Floyd. Hoje é um momento importante para o nosso país. O resultado deste caso é de importância crítica. Mas, sozinho, não é suficiente", disse.

"Minha esperança para nosso país é que esse momento nos dê um respiro e nos permita voltar a nos dedicarmos à mudança real na sociedade que nos levará muito mais longe na estrada rumo à justiça", acrescentou, pedindo que o Congresso aprove a lei George Floyd de Justiça e Policiamento, que está parada na casa.

"Peço aos líderes e membros do Congresso que aprovem a melhor e mais forte versão desta lei, e que a aprovem agora. O presidente Biden pediu ao Congresso que aprovasse essa lei. Deve ser aprovada. Vidas dependem disso, é simples assim", falou.

O projeto a que Ellison se refere criaria um registro de má-conduta dos agentes para impedir que eles evitem as consequências das ações deles ao mudar para outra jurisdição, além de banir o perfilamento racial e religioso em nível federal, estadual e local, além de rever a imunidade dada aos policiais.

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