Por Alessandra Modzeleski, G1, Brasília
(Foto: Alessandra Modzeleski/G1)
Líderes do 'Centrão', ao lado de Alckmin, oficializaram o apoio à candidatura do tucano em evento em Brasília.
Líderes do grupo conhecido como "Centrão" oficializaram nesta quinta-feira (26) o apoio à pré-candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República. Autointitulado "Centro Democrático", o grupo é formado por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade.
O apoio do "Centrão" a Alckmin foi anunciado em um evento em Brasília, do qual participaram, além do próprio ex-governador, líderes dos partidos que formam o grupo.
O primeiro a discursar foi o presidente da Força Sindical e deputado federal, Paulinho da Força (SD-SP). Ele destacou o "conjunto de forças" em torno da candidatura de Alckmin.
"Depois de muitas reuniões, centenas de conversas, principalmente entre nós, os partidos, estamos convencidos de que para tirar o Brasil desse buraco que estamos só com um conjunto de forças como esse, que se junta em torno dessa candidatura", afirmou.
O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), disse que Alckmin conquistou a unanimidade dentro da sigla. Ele afirmou que o ex-governador poderá contar com a "militância aguerrida" do partido.
"Toda a nossa história [do PP] sempre havia uma divisão muito grande, mas o senhor conseguiu a unanimidade dentro do nosso partido. Quero dizer que o senhor vai contar com um partido que tem história, tem trabalho e com a militância aguerrida, e que com o apoio dos outros partidos, vamos te dar condições para conquistar o país, porque história e competência não lhe faltam", afirmou o senador.
Discurso de Alckmin
Em seu discurso, o pré-candidato do PSDB afirmou que o grupo se uniu em torno de sua candidatura por "convicção em um grande esforço conciliatório".
"Nós estamos aqui, recebendo o apoio de cinco grandes partidos que tem responsabilidade com o povo brasileiro e com o país. Não me escolheram porque estou em primeiro [nas pesquisas]. Estão vindo por convicção de que temos que esta juntos em um grande esforço conciliatório", disse Alckmin.
Ele citou a crise econômica pela qual passa o país e disse que não há "fórmula mágica" nem "salvador da pátria" para o problema. Ele destacou o "esforço coletivo" e disse que o país tem pressa.
"Para mudar precisamos ter organização, ação conjunta, time, votos. Não é uma pessoa. Não tem ninguém com uma fórmula mágica, não tem um salvador da pátria, tem um esforço coletivo para que a gente possa avançar. Nós temos um causa urgente. O Brasil tem pressa e por isso estamos aqui hoje unidos", discursou.
Vice na chapa
Após o anúncio do apoio do "Centrão", a chapa encabeçada por Alckmin deve agora buscar um candidato a vice-presidente.
Em meio à negociação com o grupo de partidos, foi sugerido pelos líderes das legendas o nome do empresário Josué Gomes (PR), filho do ex-vice-presidente de Luiz Inácio Lula da Silva, Josué Alencar.
No entanto, com resistências de Josué Gomes para aceitar o convite, as negociações esfriaram. Um dos nomes que surgiram como alternativa, de acordo com o blog do colunista do G1 Gerson Camarotti, é o do ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo (SD).
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