Notícias ao Minuto
(Foto:Ueslei Marcelino / Reuters)
O presidente Michel Temer afirmou neste sábado (24) ao ministro Henrique Meirelles (Fazenda) que ele precisa melhorar seu desempenho nas pesquisas caso queira ser o candidato do MDB ao Palácio do Planalto.
Temer e Meirelles conversaram sobre o cenário eleitoral neste fim de semana e, como mostrou a reportagem no sábado (24), a ideia do ministro era comunicar ao presidente seu desejo de ser o candidato do MDB nas eleições de outubro.
Auxiliares de Temer confirmaram que o ministro deu seu recado e que o presidente ouviu "com atenção" e respondeu "com educação" sobre a necessidade de o chefe de sua equipe econômica se mostrar mais viável nas pesquisas até abril -quando precisa deixar o cargo caso queira concorrer às eleições -, além de convencer o partido de que é o melhor nome para sua sucessão.
Meirelles tenta articular sua candidatura ao Planalto, mas ainda registra apenas 2% das intenções de voto, segundo o Datafolha.
O ministro não tem o apoio de seu partido, o PSD, que deve se aliar ao PSDB em troca de arranjos estaduais, mas tem conversado sobre se filiar ao MDB, legenda de Temer.
O presidente ponderou ainda, segundo auxiliares, que seu partido é "complicado" e que é preciso convencer os caciques de que Meirelles é a melhor opção. O presidente do MDB, Romero Jucá (RR), tem conversado com o ministro sobre a possível filiação e dito que ele é um "bom nome" para o posto.
CAUTELA
Assessores disseram que na conversa com Meirelles o presidente reiterou seu discurso público de que não é candidato à reeleição mas que o governo apoiará um nome ao Planalto.
A decisão de Meirelles em falar com Temer de forma mais direta sobre eleições se deu no momento em que suas articulações têm sido asfixiadas pela sombra da possível candidatura do presidente, que ganhou mais fôlego após o decreto de intervenção federal na segurança do Rio.
Apesar da negativa pública, Temer passou a considerar a hipótese de ser candidato e pediu cautela aos auxiliares mais entusiasmados para esperar os efeitos eleitorais positivos que a intervenção no Rio poderia trazer ao governo.
Aliados dizem que Meirelles não vai disputar com o presidente. Sabe que sua viabilidade eleitoral depende do apoio de Temer e de seu crescimento nas pesquisas.
Por enquanto, os dois não passam de 2% das intenções de voto, e o governo é reprovado por 70% da população, segundo o último Datafolha. Com informações da Folhapress.
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