Cuiabá, 27 de Maio de 2024

POLÍCIA Segunda-feira, 29 de Janeiro de 2024, 12:51 - A | A

29 de Janeiro de 2024, 12h:51 - A | A

POLÍCIA / CASO MAYLA MARTINS

Empresário que matou transexual e desovou corpo em lavoura é indiciado por Feminicídio

Jorlan Cristiano Ferreira foi indiciado pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver.

Ari Miranda
Única News



(Reprodução)

JORLAN MAYLA .png

O empresário e autor do crime, Jorlan Cristiano Ferreira, e a vítima, Mayla Martins.

A Polícia Civil de Lucas do Rio Verde (332 Km de Cuiabá) concluiu o inquérito sobre a morte da transexual Mayla Rafaela Martins (22), morta a facadas no dia 16 deste mês, no norte de MT.

Autor do assassinato, o comerciante Jorlan Cristiano Ferreira (44) foi indiciado pelos crimes de feminicídio qualificado (cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino no contexto da violência doméstica) e ocultação de cadáver. Depois de matar a transexual, ele desovou o corpo em uma lavoura, enrolado na lona de uma piscina inflável.

O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário local e ao Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), que deve representar pela conversão da prisão preventiva do assassino para prisão temporária.

Jorlan foi preso no final da tarde do dia 16 de janeiro, em sua residência, no bairro Bandeirantes, local onde aconteceu o crime, horas após o corpo de Mayla ser encontrado por trabalhadores rurais em um campo de plantio de soja, as margens da rodovia MT-485, a “Estrada do Morocó”. Aos policias, o empresário, que é casado e pai de uma menina, confessou a autoria do crime.

Na delegacia, em seu primeiro depoimento, Jorlan disse ao delegado João Antônio Batista Ribeiro Torres que teria conhecido Mayla, que trabalhava como garota de programa, durante a inauguração de sua lanchonete, ocasião em que ela supostamente teria cometido um roubo no local.

Em outra conversa com o delegado, o empresário deu uma nova versão, onde relatou a existência de uma relação conturbada entre ele e a jovem, com quem começou a manter encontros sexuais frequentes desde meados de dezembro, durante a ausência da esposa, que estava há aproximadamente 1 mês em viagem.

Já no dia do crime, o suspeito disse ter convidado Mayla para ir até sua casa para um programa sexual. Conforme Jorlan, dentro da residência, a jovem teria lhe pedido uma cerveja e exigiu R$ 1 mil para não fazer escândalo ou chamar a polícia, fato que teria iniciado uma briga entre os dois.

Durante a confusão, Jorlan pegou uma faca e matou Mayla dentro de uma piscina de plástico, com a qual ele enrolou o corpo da vítima, colocou em seu veículo e desovou na área rural da cidade durante a madrugada do dia 16 de janeiro.

O cadáver foi encontrado no início da tarde por funcionários de uma fazenda, que estavam fazendo um plantio de soja, quando avistaram a lona plástica no terreno a ser plantado. Ao se aproximarem para remover o objeto, os trabalhadores viram o corpo e acionaram a polícia.

Mayla era moradora de Várzea Grande e ia com frequência a Lucas do Rio Verde, para trabalhar como garota de programa. Com a renda que ganhava, a jovem ajudava suas irmãs e juntava dinheiro para realizar o sonho de ir morar fora do país.

O corpo de Mayla Martins foi transladado para Várzea Grande, onde ela foi velada e sepultada no dia 19 deste mês.

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