Da Redação
(Foto: Reprodução)
A defesa do ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Silvio Correa, pediu ao ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que analise uma eventual prisão preventiva e o afastamento do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro.
Conforme o pedido, Silvio acusa Emanuel de obstrução à Justiça, ao articular com o ex-secretário de Indústria e Comércio de Cuiabá, Alan Zanatta, uma gravação que “comprovaria” que o vídeo em que aparece recebendo dinheiro não se trata de “mensalinho” durante o período em que ocupava o cargo de deputado estadual.
Além da análise da prisão preventiva, o ex-chefe de gabinete ainda solicita que não seja acatado o pedido de Emanuel Pinheiro para rescisão da colaboração premiada firmada por Sílvio Correa junto a Procuradoria Geral da República (PGR) e a abertura de uma investigação criminal sobre o “conluio” entre o prefeito e Zanatta para manipular uma suposta fraude na delação do ex-chefe de gabinete.
“Afigura-se necessária a abertura de procedimento específico para que se proceda à apuração do ocorrido, uma vez que os fatos alegados por Emanuel Pinheiro com a participação de Alan Zanatta, caso tenham sido por ele manipulados, ensejam a responsabilização criminal dos mesmos”, diz trecho do documento.
(Foto: Divulgação)
Em trecho do pedido de Sílvio, a Fux, ele revela que, diferentemente do que alega o prefeito citado na colaboração premiada, a fala do colaborador é justamente no sentido de que “não houve qualquer seleção, não foi escondido nada”.
Sob esta argumentação e para dar mais veracidade que à tese, a defesa do delator reitera - no pedido ao STF -, diz que mesmo tendo sido ardilosamente provocado pelo ex-secretário por Alan Zanata, o vídeo em que Pinheiro aparece enchendo os bolsos com dinheiro de propina, que o gestor municipal insiste em afirmar que estão “fora de contexto”, ocorreram.
Pois em suas declarações na colaboração, ele deixa claro que Emanuel cobrava propina, sim!, conquanto não colocava a “faca no pescoço”.
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