19 de Junho de 2025
facebook twitter instagram youtube

BRASIL Quinta-feira, 19 de Junho de 2025, 16:21 - A | A

19 de Junho de 2025, 16h:21 - A | A

BRASIL / VEJA RECADOS

Copom crava Selic em 15% e juros mais altos por tempo ‘bastante prolongado

Mais importante que a decisão em si era o conteúdo do comunicado desta quarta-feira, que traria sinais sobre os rumos da política de juros no Brasil. E as mensagens foram claríssimas.

G1



O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu nesta quarta-feira (18) elevar a taxa básica de juros para 15% ao ano, maior patamar em quase 20 anos.

Havia dúvida no mercado sobre se a diretoria do Banco Central (BC) manteria a Selic inalterada ou optaria por uma pequena elevação. Mais importante que a decisão em si era o conteúdo do comunicado, que traria sinais sobre os rumos da política de juros no Brasil.

E os recados foram claríssimos:

  • O BC continua preocupado com as expectativas de inflação acima da meta de 3%;

  • A economia global, especialmente a imprevisibilidade da política econômica conduzida por Donald Trump nos Estados Unidos, representa um fator de instabilidade para economias emergentes como o Brasil;

  • A resiliência da economia brasileira, com crescimento do PIB em níveis sólidos e mercado de trabalho aquecido, pode pressionar a inflação, sobretudo no setor de serviços;

  • O BC reconhece que os juros estão em um patamar elevado, suficiente para desacelerar a economia;

  • O BC também entende que é o momento de encerrar o ciclo de alta iniciado em setembro e observar os efeitos na economia. Uma nova elevação só deve ocorrer se o cenário econômico piorar.

  • "O ambiente externo mantém-se adverso e particularmente incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente acerca de suas políticas comercial e fiscal e de seus respectivos efeitos. Além disso, o comportamento e a volatilidade de diferentes classes de ativos também têm sido afetados, com reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes em ambiente de acirramento da tensão geopolítica."

Como mostrou o g1 em junho, as incertezas em torno das tarifas anunciadas por Donald Trump têm abalado a confiança de empresas e consumidores no país. E os efeitos já transbordam para a economia global.

 

Especialistas ainda estão cautelosos e aguardam que os impactos mais significativos do tarifaço comecem a se refletir na inflação. No acumulado de 12 meses, inflação por lá foi de 2,4%, ainda acima da meta de 2%.

Trump tem pressionado por cortes nos juros, dizendo que os preços estão sob controle. O Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, discorda e decidiu também nesta quarta manter as taxas inalteradas na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.

 

Leia a matéria completa no G1 

 
 

  ENTRE EM NOSSO CANAL AQUI  

RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS NO WHATSAPP! GRUPO 1  -  GRUPO 2  -  GRUPO 3

Comente esta notícia